Durante cerca de 60 minutos, Pedro Santana Lopes e Rui Rio 'degladiaram-se' na antena da TVI. Num tom menos crispado do que no primeiro debate, rumo às directas do próximo sábado, ambos recuperaram temas dos seus passados, mas também apresentaram propostas para o futuro do país.
O Notícias ao Minuto acompanhou este 'segundo round'. Se não teve oportunidade de assistir, veja abaixo os momentos mais marcantes.
22h04: Santana Lopes ataca Rui Rio: "Tu vieste para estas diretas com o mote para derrotar Passos Coelho na liderança. O meu, é derrotar António Costa". "Tu vieste para mudar o PSD, eu vim para mudar o país. Tu vieste para derrotar Passos Coelho, eu vim para derrotar António Costa". Rui Rio diz que este ataque de Santana é "frase feita". Depois desta troca de galhardetes, Judite de Sousa dá o debate por terminado.
22h01: Santana Lopes é perentório a rejeitar acordos com o PS. "Eu sou contra o bloco central, não faço acordos de governo nem para governo com o PS. É preciso os dois partidos alternarem um em relação ao outro". No entanto, Santana diz que admite falar sobre o assunto "um dia", desde que fique esclarecido que "quem ganha as eleições faz governo".
21h56: Agora, um dos assuntos quentes desta campanha: a posição do PSD nas próximas eleições. Começa Rui Rio: "O PSD vai [para eleições] para ganhar. Se perder as eleições, o PSD tem de ser coerente com os ataque que faz hoje ao doutor António Costa". "Se amanhã, por acaso, o PSD não conseguir ganhar e o PS estiver em minoria, prefiro deixar passar o governo do PS de modo a ele estar amarrado à Assembleia da República como um todo, e não apenas à Esquerda. Se não consigo o primeiro objetivo, maioria absoluta, nem o segundo, ganhar, no terceiro quero afastar a Esquerda do poder".
21h51: "Mas na tua candidatura falaste em défice zero! Nós passamos a vida, contigo, a ter de pôr tradução simultânea. 'Olha ele disse isto, mas não era isto que ele estava a dizer'".
21h49: Rui Rio responde. "Em 2014, 2015 e 2016, nas conferências que fiz, a maior delas foram sobre crescimento económico". "Se há coisa que eu sei, é o que devem ser as finanças públicas portuguesas e a economia portuguesa".
21h47: Santana diz que o Orçamento do Estado "é pouco amigo das empresas".
21h46: Judite de Sousa tenta puxar os pontos comuns entre os candidatos, mas Santana Lopes demarca-se rapidamente. "Falei em crescimento económico desde o dia da apresentação da candidatura. Ainda hoje estive a reler a declaração de apresentação da candidatura do Rui Rio e essa exigência não é formulada (...) o Rui Rio prefere colocar a tónica no défice zero, eu acho muito importante o equilíbrio das contas públicas, mas entendo que ele não deve ser feito só pelo lado da despesa".
21h40: Na temática da justiça, os dois candidatos às diretas têm posições distintas. Santana Lopes sublinha que "o Ministério Público tem investigado pessoas que pareciam intocáveis". Rio diz que "não está satisfeito com o funcionamento do sistema de justiça". E em relação à renovação do mandato da procuradora-geral da República? Santana diz que sim, que devia ser renovado. Rio recusa revelar a sua opinião sobre o assunto.
21h37: A recente polémica em torno do final do mandato da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal. Santana Lopes coloca-se ao lado do Presidente e diz que isto deveria ser um "não assunto". Já Rui Rio diz que "assunto não deve ser politizado".
21h34: Questionados sobre o futuro do PSD nas próximas legislativas, os dois candidatos reiteram as criticas ao atual Governo e demonstram confiança numa vitória futura. "Há fragilidades neste Governo que o tempo vai trazer", diz Rui Rio, confiante que o PSD, daqui a dois anos poderá vencer as eleições legislativa. Santana Lopes, por seu lado, recupera a ideia da importância do crescimento económico e do combate "à frente de esquerda".
21h30: Rui Rio insiste e defende a decisão de Jorge Sampaio em dissolver o Parlamento, em 2005. "A atitude do doutor Jorge Sampaio acabou por ser legitimada pelos portugueses. Os portugueses queriam, efetivamente, aquilo que o doutor Jorge Sampaio fez". "Lá estamos nós em 2004", responde Santana.
21h26: "Sabemos que o doutor Rui Rio se tem muito em conta", ironiza Santana Lopes.
21h25: Tal como na semana passada, Rio volta a dizer que o passado de Santana Lopes como primeiro-ministro o pode prejudicar em futuras eleições. "Acho que se o Pedro Santana Lopes for o líder do partido, e, portanto, candidato a primeiro-ministro, eu tenho sérias dúvidas que o povo português, olhando aquilo que se passou lá atrás, lhe confere a credibilidade para o novo exercício do cargo".
21h22: "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és", diz Santana, referindo-se, novamente, à presença de Rui Rio num evento na Associação 25 de Abril e, em particular, à figura de Vasco Lourenço. "Na fase em que o meu partido estava sujeito a tal provação, eu não andei do lá de lá a receber palmas dos nossos adversários".
21h19: O apoio ao ex-primeiro ministro vai marcando a troca de galhardetes entres os candidatos. "Passos Coelho superou as expectativas todas (...) durante estes quatro anos, eu estive, de facto, do lado dele. Vi que o Rui trouxe imagens e recortes, os tais truques, e começou a gostar...", acusa Santana Lopes.
21h14: Rui Rio: "Não devo nada a António Costa, nem ele me deve nada a mim". E realça ainda que "as ligações de Santana Lopes com António Costa são estreitas".
21h13: O antigo presidente da Câmara do Porto recupera manchetes que fazem referência a Santana Lopes, nomeadamente com críticas do antigo provedor da Santa Casa ao ainda líder do PSD, Pedro Passos Coelhos. "Não há nenhuma manchete minha a dizer 'Santana arrasa Passos Coelho'" (...) apesar das discordâncias [com Passos], nunca vim a público fazer qualquer crítica".
21h10: Rui Rio começa à defesa. “Não fui para o debate da RTP preparado para fazer um confronto desse género e levar com acusações que são completamente injustas. Fui para debater as questões do país”.
21h07: Santana recupera a histórias das “trapalhadas”, referida por Rio no último debate. “Eu nunca falei em trapalhadas, eu nunca falei em instabilidade, eu nunca falei em tendas de circo pelo país. Nunca falei em nenhumas dessas expressões que tenho ouvido desde que começou a campanha”, diz Santana.
21h03: Santana rejeita alegações de ataques pessoais a Rui Rio. “O que está em causa é clarificar o modo de cada um ver o partido. As razões que levaram cada um candidatar-se”, rematou. Depois, Santana diz que não seria candidato “se Pedro Passos Coelho tivesse continuado na liderança". "Sou candidato por mim e não em nome de ninguém”.
21H00: Começou o debate. Santana Lopes é o primeiro a falar.
Depois de um primeiro debate focado, essencialmente, em histórias do passado, Pedro Santana Lopes e Rui Rio enfrentam-se novamente esta noite, na antena da TVI. Este é o segundo de três embates entre os dois candidatos à liderança do PSD.
As eleições diretas estão marcadas para o próximo sábado, 13 de janeiro.