"Tenho criticado a cultura política em Portugal"

O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro critica, em entrevista ao jornal i, a “cultura muito funcionalizada” dos Governos em Portugal, bem como a “cultura política” do País, assente na “excessiva superficialidade na forma como os temas são discutidos”. Ao mesmo tempo, Maduro não poupa elogios ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e ao antigo ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

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Notícias Ao Minuto
09/08/2013 09:12 ‧ 09/08/2013 por Notícias Ao Minuto

Política

Poiares Maduro

“Tenho criticado a cultura política em Portugal, que passa pela excessiva superficialidade na forma como os temas são discutidos”. A garantia é dada pelo ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, que, em entrevista ao jornal i, diz ainda que “há uma cultura de funcionamento dos Governos em Portugal que é uma cultura muito funcionalizada, em que cada ministério é quase um Governo”.

Posto isto, prossegue o governante, “é muito difícil a arbitragem de política e de políticas”.

Poiares Madura acredita que estão criadas as condições para que se inaugure um novo ciclo no País, salvaguardando, contudo, que “não será um caminho de rosas”, e não poupa elogios ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

“É uma pessoa de uma enorme integridade, extremamente inteligente e tem uma qualidade que muitas vezes não é suficientemente apreciada que é a resiliência”, comenta acerca do líder do Executivo.

Já sobre o antigo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, o governante destaca o “óptimo sentido de humor”. “É uma pessoa extremamente interessante”, diz.

Por outro lado, no entender de Poiares Maduro, “tal como em Portugal há fadiga de austeridade, em alguns outros Estados há fadiga de solidariedade”, reportando-se às dificuldades com as quais o País se tem deparado nas negociações com a Europa em geral e com a troika em particular.

No que diz respeito à controvérsia sobre os swap, que tem marcado a agenda nacional, o o governante defende que a “discussão tem assentado no acessório”, advogando que a demissão do secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge, não constitui um problema adicional para a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, a quem “o primeiro-ministro já reafirmou várias vezes a confiança que tem”. 

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