No início da semana a Google foi envolvida numa nova polémica devido a uma investigação da Associated Press. De acordo com a agência noticiosa, a tecnológica de Mountain View guarda a localização dos utilizadores mesmo quando estes dão a sua indicação explícita para a empresa não o fazer. Ora, estas práticas podem valer à Google uma nova multa recorde da União Europeia.
A possibilidade parece cada vez mais provável devido às proteções de privacidade que saíram reforçadas depois da entrada em vigor da Lei de Proteção de Dados no espaço europeu. De notar que, como nota o BGR, não há indicação que a União Europeia esteja a avançar com uma investigação mas, de acordo com relatos de ativistas e defensores de privacidade ao The Register, a verdade é que a Google está a enganar os clientes.
Se for considerado como tal pela União Europeia, a Google poderá receber uma multa entre 2% a 4% da sua receita. Tendo em conta que no ano passado a Google teve uma receita de 109.65 mil milhões de dólares, a nova multa poderá ser de 4.5 mil milhões de dólares.
De recordar que a Google já foi por duas vezes alvo da União Europeia no que diz respeito a multas 'recorde'. Em julho de 2017 a gigante tecnológica recebeu uma multa de 2,42 mil milhões de euros por ter sido considerado que a empresa manipulava os resultados de pesquisa de comércio eletrónico em seu favor. Um ano depois, em julho de 2018, a empresa recebeu uma nova multa - desta vez de 4,3 mil milhões de euros - depois de ser acusada de violar regras europeias para a concorrência e de abusar da sua posição dominante no mercado Android.