Ex-funcionária acusa Facebook de não proteger moderadores de "traumas"

Processo está a ser movido por uma antiga empregada.

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Pedro Filipe Pina
24/09/2018 20:47 ‧ 24/09/2018 por Pedro Filipe Pina

Tech

Processos

Plataformas como o Facebook contam com moderadores de conteúdos atentos ao que vai sendo publicado. É desse modo que se evita que imagens particularmente chocantes, e até criminosas, sejam vistas pelos utilizadores comuns. 

Muitas vezes, estes serviços são subcontratados por outras empresas. E não é de agora que há relatos sobre as imagens particularmente traumáticas que alguns funcionários tiveram de ver, para evitar que o público em geral as visse.

A rede social criada por Mark Zuckerberg já foi alvo de críticas sobre esta matéria no passado, o que levou o Facebook a esclarecer que os moderadores de conteúdos da plataforma têm acesso a apoio psicológico.

No entanto, Selena Scola, uma antiga moderadora de conteúdos para o Facebook, avançou com um processo contra a gigante tecnológica, a quem acusa de "ignorar o seu dever de garantir um ambiente de trabalho seguro" para os seus funcionários.

Adianta a Reuters, que teve acesso ao processo, que o advogado de Selena Scola acusa a rede social de ser "uma porta giratória" para trabalhadores, que nalguns casos ficam "irreparavelmente traumatizados pelo que testemunharam no trabalho", pode ler-se.

O mesmo processo realça ainda que os moderadores de conteúdo são "bombardeados" com "milhares de vídeos, imagens e transmissões em livestream de abusos sexuais de criança, violações, tortura, bestialidade, decapitações, suicídios e homicídios".

Atualmente, entre funcionários a tempo inteiro e subcontratados, o Facebook conta com mais de 7.500 moderadores de conteúdos.

A rede social ainda não reagiu oficialmente ao processo que vai ser julgado num tribunal da Califórnia.

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