Uma investigação levada a cabo pela Bloomberg revela que o YouTube terá ignorado apelos de colaboradores para remover vídeos falsos e tóxicos, mesmo depois de as equipas internas submeterem propostas para impedir a disseminação de conteúdo extremista ou teorias da conspiração.
O objetivo da liderança do YouTube terá sido simplesmente aumentar a interação na plataforma e chegar às mil milhões de horas de visualização por dia. A CEO Susan Wojcicki terá decidido manter-se afastada da questão da desinformação, uma vez que a sua única função era “gerir a empresa”.
A investigação da Bloomberg teve a participação de mais de 20 colaboradores e ex-trabalhadores do YouTube. Um desses colaboradores afirma ter submetido uma proposta em 2016 que removeria vídeos falsos identificados do separador de recomendação. A empresa rejeitou a sugestão e continuou a recomendar os vídeos, desencorajando no processo que os colaboradores fora da equipa de moderação procurassem por conteúdo tóxico.
Ao longo do último ano, o YouTube tem sido cada vez mais chamado a controlar o tipo de vídeos que permite na sua plataforma mas, mesmo que tenham sido implementadas algumas regras, ainda há trabalho a fazer.
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