O YouTube decidiu a favor do criador de conteúdos Steven Crowder depois de múltiplos ataques homofóbicos e assédio online ao jornalista da Vox e autor da série de vídeos Strikethrough, Carlos Maza.
Conta o The Verge que a plataforma de vídeos da Google apontou que Crowder não violou os termos de utilização e diretrizes de comunidade, isto apesar de reconhecer o objetivo do criador de conteúdos com o tipo de linguagem usada.
“As nossas equipas passaram os últimos dias a conduzir uma análise aprofundada aos vídeos denunciados e, apesar de considerarmos que a linguagem é claramente ofensiva, não achamos que os vídeos violem as nossas políticas”, pode ler-se na publicação do YouTube abaixo.
Foi publicado outro ‘tweet’ onde aponta que o YouTube é uma “plataforma aberta” e que é crucial “permitir que todos expressem as suas opiniões dentro do espetro das políticas”. “As opiniões podem ser profundamente ofensivas mas, desde que não violem as nossas políticas, podem continuar no nosso site”, pode ler-se no ‘tweet’.
Entretanto, Maza tem apontado que Crowder e os respetivos seguidores continuam a movimento de assédio, afirmando ter recebido várias mensagens com comentários ofensivos e até ameaças de morte. “Se és um criador LGBT, o YouTube está a usar-te”, acusa Maza. “Estão a exibir-se para convencer os anunciantes que a plataforma deles não se tornou terreno fértil para discurso de ódio e intolerância. Querem distrair os anunciantes dos monstros que estão a criar”.
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Since I started working at Vox, Steven Crowder has been making video after video "debunking" Strikethrough. Every single video has included repeated, overt attacks on my sexual orientation and ethnicity. Here's a sample: pic.twitter.com/UReCcQ2Elj
— Carlos Maza (@gaywonk) May 31, 2019
(3/4) As an open platform, it’s crucial for us to allow everyone–from creators to journalists to late-night TV hosts–to express their opinions w/in the scope of our policies. Opinions can be deeply offensive, but if they don’t violate our policies, they’ll remain on our site.
— TeamYouTube (@TeamYouTube) June 4, 2019
I don’t know what else LGBT people are supposed to do. I compiled the clips for them. I sent them everything. Publicly begged them to pay attention. It’s never enough. Because @YouTube does not give a fuck about protecting marginalized people, and it never has.
— Carlos Maza (@gaywonk) June 4, 2019