Um novo estudo elaborado pela Kaspersky mostra que no que à tecnologia diz respeito “as gerações mais velhas são hoje as mais novas”. A afirmação pertence a Alfonso Ramirez, diretor-geral da Kaspersky e tem por base o facto de, segundo o estudo, quase metade (46%) das gerações mais velhas em Portugal sentirem “dificuldades em atividades diárias que envolvam a tecnologia e para as quais não tenham apoio imediato”.
Por essa razão, os jovens portugueses “são confrontados diariamente com pedidos como ‘Podes só… arranjar-me o telemóvel?’ ou ‘Podes só… arranjar o router da internet?’.
Os inquiridos, “cerca de 41% das gerações mais velhas” admite ter “muito pouco conhecimento na área da tecnologia”, apesar de 40% afirmar que a utilização que dela fazem, “fá-los sentir melhor consigo próprios, mais autónomos e, consequentemente, mais livres”.
Facto que leva a Kaspersky a acreditar que o conhecido fenómeno FOMO (fear of missing out, em tradução livre) “é muito comum entre esta geração, que não se quer sentir desatualizada face à utilização das novas tecnologias”.
Mas, saliente-se, ainda de acordo com o estudo, 45% dos inquiridos admite mesmo que liga a “membros mais jovens da família a pedir a sua ajuda” e “11% confirma mesmo sentir mais falta deste apoio que lhes é dado do que da presença física dos jovens familiares”. E em consequência desta ‘dependência digital’, há avós (25%) a subornar os netos para receberem esse apoio digital.
“Depender apenas dos membros mais jovens da família não pode continuar a ser uma opção”, considera Alfonso Ramirez, revelando que “a Kaspersky está a trabalhar para que haja uma maior consciencialização junto destas gerações mais velhas que lhes dê, ao mesmo tempo, a confiança e o conhecimento que necessitam para desenvolver estas atividades sem precisarem da ajuda de terceiros”.