O lançamento do engenho tem sido sucessivamente adiado, desde 2017, tendo a ESA mencionado recentemente 17 de dezembro como nova data.
Trata-se da primeira missão da ESA dedicada ao estudo de planetas extrassolares, em colaboração com 11 países, incluindo Portugal, que integra a coordenação através do astrofísico Nuno Santos, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Outros investigadores do IA, como Susana Barros e Sérgio Sousa, participam na equipa científica.
Os cientistas do IA vão estar envolvidos na caracterização do tamanho dos planetas e da sua atmosfera, adiantou à Lusa Susana Barros, acrescentando que outros investigadores vão processar os dados enviados pelo satélite.
A participação portuguesa na missão é assegurada também pela empresa de engenharia Deimos, responsável pelos sistemas de processamento de dados.
O satélite ficará posicionado na órbita terrestre, a uma altitude de 700 quilómetros, e irá observar estrelas brilhantes hospedeiras de exoplanetas com um tamanho variável entre a Terra e Neptuno.
O CHEOPS (CHaracterising ExOPlanet Satellite, Satélite Caracterizador de Exoplanetas) permitirá aos cientistas medirem a massa e o raio destes planetas e o tempo que demoram a orbitar a sua estrela.
O satélite irá estar decorado com duas placas metálicas onde estão gravados desenhos feitos por crianças, inclusive portuguesas.
Esta missão antecede uma outra da ESA, a PLATO, destinada a "caçar" novos planetas fora do Sistema Solar e que tem lançamento previsto para 2026.