Milhares de utilizadores abandonam X no dia da investidura de Trump

Cerca de 30.000 utilizadores mudaram esta segunda-feira a sua conta no X para Mastodon ou BlueSky com a plataforma francesa HelloQuitx, no dia da investidura de Trump que tem o dono da rede social Elon Musk na sua equipa.

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© X / @elonmusk

Lusa
20/01/2025 19:48 ‧ há 3 horas por Lusa

Tech

Estados Unidos

Estes dados foram confirmados pelos responsáveis da iniciativa. A página HelloQuitX permite transferir os dados de maneira automática de uma conta do X (antigo Twitter) para uma nova no Mastodon ou BlueSky, redes sociais alternativas consideradas mais transparentes e democráticas que a atual plataforma liderada por Musk.

 

"São a nova geração de redes sociais, com mais possibilidades tanto para o utilizador como a investigação", assegurou o fundador da iniciativa de migração do X David Chavalarias, em declarações à Efe para dar a conhecer sa alternativas ao antigo Twitter, no dia em que Donald Trump foi empossado Presidente dos Estados Unidos.

França é um dos países que mais tem contestado a linha imposta por Musk nos algoritmos do X, que se reflete no abandono da plataforma por parte de centenas de instituições, organizações e figuras públicas, como a cidade de Paris, a sua autarca Anne Hidalgo ou um grupo de 86 associações solidárias e ambientais, que anunciou a sua decisão na sexta-feira.

O diário Le Monde anunciou hoje também a sua saída da plataforma devido à "intensificação do ativismo" a favor da linha política de Musk e de Trump e a crescente toxicidade.

Desde a vitória eleitoral de Donald Trump e a nomeação de Elon Musk para a equipa do seu executivo, outros media europeus como o The Guardian ou o La Vanguardia abandonaram o antigo Twitter.

Benoît Piédallu, outro dos fundadores da plataforma HelloQuitX, que permite a transferência de seguidores, bem como de arquivos e tuits, defende que os representantes públicos que decidem ficar em X para continuar enfrentando o discurso de ódio estão a cometer um "erro político".

"O X renunciou ao debate, aí a batalha está perdida", acrescentou a coordenadora internacional e cofundadora do projeto, Magali Payen.

Para Chavalarias, especialista em algoritmos e redes sociaiss, o importante é ter a "liberdade de escolher" o que se vê.

Leia Também: 'Proud Boys' marcham em Washington exigindo a libertação de colegas

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