Presidente da Huawei: "Sobrevivência" é "principal prioridade" em 2020

O presidente rotativo da Huawei, Eric Xu, assegurou hoje que a "principal prioridade" da tecnológica em 2020 vai ser "a sobrevivência", depois de a multinacional chinesa ter sido vetada pelas autoridades norte-americanas.

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Lusa
31/12/2019 13:42 ‧ 31/12/2019 por Lusa

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Huawei

Numa carta publicada com o propósito de falar sobre 2019, um ano "extraordinário" para Huawei-, Xu disse que a empresa conseguiu resistir, "apesar das tentativas do governo norte-americano" para a reprimir.

O gestor referiu também que as receitas das vendas da empresa, que não está cotada em bolsa, registam um crescimento de cerca de 18% em 2019, segundo estimativas da multinacional, que as situam em 108.691 milhões de euros, embora seja um valor inferior às previsões iniciais.

Reportando ao próximo ano, Eric Xu disse que a Huawei vai continuar a estar na lista negra dos Estados Unidos.

E prosseguiu: "Não crescemos tão rapidamente como na primeira metade de 2019 (...). Vai ser um ano difícil para nós".

O presidente rotativo da multinacional chinesa acredita que Washington "vai continuar a impedir o desenvolvimento de tecnologia de ponta a longo prazo".

Esta atitude, disse, gerará "uma envolvente desafiante para a sobrevivência da Huawei e para que possa progredir", e terá também a ver com o possível abrandamento da economia mundial.

"Qualquer risco que comprometa a continuidade dos nossos negócios deve ser tomado como questão de vida ou morte", advertiu Eric Hu na carta.

E prosseguiu: "Temos que andar contra o relógio e livrar-nos de qualquer tipo de esperança irrealista", frisou, pedindo aos seus funcionários que façam da "campanha estratégica e de longo prazo" dos Estados Unidos contra a Huawei uma oportunidade para se motivarem "e ganharem massa muscular".

Washington proibiu em maio deste ano que as empresas dos Estados Unidos tivessem ligações comerciais com a Huawei devido à supostas ameaças das suas redes de quinta geração (5G) para a segurança nacional.

Mas desde então já foram decretados dois adiamentos em relação à decisão pelo que pelo menos até fevereiro do próximo ano a multinacional chinesa pode continuar a operar nos Estados Unidos.

 

 

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