"Ambos tivemos o privilégio de ter tido uma boa educação e queremos ajudar mais estudantes, especialmente estudantes de cor, a ter o mesmo excelente início de vida", disse o casal em comunicado.
"Esperamos que este donativo de 120 milhões de dólares ajude mais estudantes negros a seguir os seus sonhos e também encoraje mais pessoas a apoiar estas instituições, ajudando a inverter gerações de desigualdade no nosso país", acrescentou.
O anúncio surgiu numa altura em que centenas de milhares de manifestantes protestam contra a violência policial e o racismo sistémico nos Estados Unidos.
O montante vai ser dividido em partes iguais entre duas universidades em Atlanta, Spelman e Morehouse College, e o United Negro College Fund, uma organização filantrópica norte-americana que financia bolsas de estudo para estudantes negros.
O donativo vai permitir atribuir bolsas de estudo de quatro anos a dezenas de novos estudantes, durante os próximos dez anos.
Na nota, o casal defendeu que as universidades em causa "têm resultados espetaculares e, no entanto, estão em desvantagem em termos de donativos financeiros".
"O capital branco é geralmente atribuído predominantemente a instituições brancas", acrescentaram, sublinhando que esta tendência perpetua as desigualdades.
Desde o início dos protestos pela morte de George Floyd às mãos da polícia de Minneapolis, várias empresas tomaram publicamente medidas de apoio ao movimento "Black Lives Matter".
A Apple lançou recentemente uma iniciativa de 100 milhões de dólares (88,9 milhões de euros) para combater o racismo sistémico, enquanto a Google vai disponibilizar 275 milhões de dólares (244 milhões de euros) para apoiar artistas negros no YouTube, ajudar a financiar pequenas empresas afro-americanas e outros projetos de apoio à comunidade.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos, numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de pilhagens e de vandalismo.