Último satélite do sistema de geolocalização da China entra em órbita

O último satélite do sistema de navegação chinês Beidou, que constitui uma alternativa ao GPS norte-americano, entrou hoje em órbita, 25 minutos após o lançamento, a partir da base de Xichang, sudoeste da China.

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Lusa
23/06/2020 07:04 ‧ 23/06/2020 por Lusa

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O centro de controlo de Xichang, na província de Sichuan, confirmou o sucesso da operação, após o lançamento, que ocorreu às 9:43 na China (02:43 em Lisboa), a bordo do foguete "Longa Marcha 3B".

"O satélite entrou em órbita e implantou os seus painéis solares. Não há anormalidades, o lançamento foi um sucesso total", disse o comandante Yin Xiangyuan, que fez a contagem regressiva para o lançamento durante a transmissão.

O satélite completou a rede de 35 dispositivos de terceira geração (BDS-3) do sistema Beidou, lançado pelo país asiático em 2015, para oferecer cobertura de posicionamento global.

O lançamento estava marcado para 16 de junho, mas foi suspenso por "razões técnicas".

A China começou a construir o Beidou há 20 anos, com o objetivo de ser autossuficiente em tecnologia de navegação e ter um sistema alternativo ao GPS.

É composto por duas constelações de satélite separadas. O Beidou-1 consiste em três satélites que, desde 2000, oferecem cobertura limitada e serviços de navegação e posicionamento para a China e alguns países vizinhos.

O Beidou-2 começou a operar em dezembro de 2011 com dez satélites em órbita e oferece serviços de geolocalização para países da região Ásia-Pacífico.

Com a conclusão do Beidou-3, o sistema alcançará cobertura global este ano e fornecerá uma alternativa aos outros três atualmente existentes: o GPS norte-americano, o Galileo europeu e o russo GLONASS.

O sistema dará à China maior independência face aos Estados Unidos e desencadeará a concorrência entre as duas potências num setor dominado, até à data, pela tecnologia norte-americana.

A sua conceção começou na década de 1990, quando os militares chineses procuraram reduzir a sua dependência face ao GPS, promovido inicialmente pelo Pentágono.

O investimento estimado da China no projeto ultrapassa os 10 mil milhões de dólares.

Vários especialistas dos Estados Unidos reconheceram que o sistema de Pequim, tendo sido projetado algumas décadas após o norte-americano, aprendeu com a experiência deste e melhorou a precisão da geolocalização.

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