Astrónomos detetaram sinais de vida nas nuvens do planeta Vénus. A descoberta foi revelada esta segunda-feira através de dois trabalhos publicados nas revistas Nature Astronomy e Astrobiology. Os astrónomos conseguiram observar através de telescópios um gás na densa atmosfera de Vénus, a fosfina.
Após uma extensa análise, os cientistas sublinham que a única explicação para a presença deste químico na atmosfera do planeta Vénus é que a sua origem reside num sinal de vida extraterrestre.
Se esta descoberta for confirmada por mais observações através de telescópios e possíveis futuras missões espaciais, os cientistas poderão voltar as suas atenções para um planeta que, apesar da sua proximidade à Terra, tem sido ignorado na incessante dos seres humanos busca por vida extraterrestre.
Ao invés, os cientistas têm virado as suas atenções para Marte e mais recentemente para Europa, uma das luas de Júpiter, e Encélado, uma das luas de Saturno.
"É uma descoberta surpreendente e que surge do nada. Vai definitivamente contribuir para uma maior pesquisa sobre as possibilidades de vida na atmosfera de Vénus", frisou Sara Seager, uma cientista do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a autora de um dos trabalhos sobre os sinais de vida detetados na atmosfera de Vénus.
"Sabemos que é uma descoberta extraordinária. Podemos não saber o quão extraordinária é se não voltarmos a Vénus", realçou a astrofísica portuguesa da Universidade de Harvard, Clara Sousa Silva, em declarações ao The New York Times. A investigação de Clara Sousa Silva tem-se focado na fosfina.
Vénus é o planeta do nosso sistema solar que a dada altura poderá ter tido mais características semelhantes às da Terra.
[Notícia atualizada às 16h55]