TikTok anuncia acordo com Oracle e Wallmart e adia proibição
A aplicação TikTok, filial da sociedade chinesa ByteDance ameaçada de ser proibida nos Estados Unidos, anunciou hoje um acordo de princípio com a Oracle, como parceiro tecnológico, e com a Walmart, em termos comerciais.
© Lusa
Tech TikTok
"Estamos felizes que a proposta da TikTok, Oracle e Walmart resolva os problemas de segurança apontados pela administração norte-americano e as questões relativas ao futuro da TikTok nos Estados Unidos", disse um porta-voz.
Antes, o Presidente norte-americano, Donald Trump, tinha afirmado ter dado "luz verde" ao acordo, que prevê também que as duas empresas possam comprar até 20% da TikTok, antes de uma futura entrada em bolsa, provavelmente no próximo ano.
O acordo, a ser concluído, vai permitir a criação de uma empresa, possivelmente com sede no estado do Texas, acrescentou Trump, que ameaçou proibir as operações da aplicação nos Estados Unidos por considerar estar em risco a segurança nacional do país.
A nova empresa vai contratar pelo menos 25 mil pessoas e contribuir com cinco mil milhões de dólares (cerca de 4,2 mil milhões de euros) para um fundo dedicado à educação dos norte-americanos. "Isso é a contribuição deles que tenho pedido", disse Trump.
A Oracle, multinacional norte-americana de tecnologia informática, vai ser responsável por toda a informação dos utilizadores norte-americanas da aplicação chinesa de partilha de vídeos, e pela proteção dos sistemas informáticos de modo a garantir o cumprimento das exigências de segurança nacional impostas pela administração Trump.
A Wallmart, multinacional norte-americana de venda a retalho, vai fornecer as plataformas de comércio digital e outros serviços comerciais à TikTok, que tem cerca de 100 milhões de utilizadores nos Estados Unidos e quase mil milhões em todo o mundo.
Na sequência do anúncio deste acordo, o Departamento de Comércio norte-americano anunciou, no sábado, que ia adiar pelo menos até 27 de setembro a proibição de descarregamento da TikTok. A proibição devia entrar hoje em vigor.
A decisão foi tomada "em vista dos recentes desenvolvimentos positivos", indicou o departamento, num comunicado difundido pouco depois da confirmação pela aplicação chinesa sobre um projeto de acordo sobre a gestão das atividades nos Estados Unidos.
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