5G. Huawei "desapontada" com decisão sueca de proibir equipamentos

A empresa chinesa de telecomunicações Huawei manifestou-se hoje "surpreendida e desapontada" pela decisão das autoridades da Suécia de banir a companhia dos leilões da tecnologia móvel de quinta geração (5G) no país.

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Lusa
20/10/2020 17:49 ‧ 20/10/2020 por Lusa

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5G

"A Huawei está surpreendida e desapontada por saber das condições de licenciamento para a participação dos operadores nos leilões de 3.5 Ghz e 2.3 GHz hoje reveladas pela Autoridade Sueca de Telecomunicações (PTS)", pode ler-se num comunicado enviado pela empresa chinesa à Lusa.

A Suécia vai proibir novos equipamentos dos grupos chineses Huawei e ZTE na nova rede de telecomunicações 5G como medida de segurança nacional e os já instalados terão de ser removidos até 01 de janeiro de 2025, foi hoje anunciado.

Num comunicado hoje divulgado, a Autoridade Sueca de Telecomunicações afirma que a proibição é a consequência de uma nova lei adotada no início do ano e da avaliação das autoridades militares e dos serviços secretos para "assegurar que a utilização das frequências não ponha em perigo a segurança da Suécia".

Em reação, a Huawei refere que é "uma empresa comercial privada detida a 100% pelos seus empregados", e que "não há nenhuma base factual que apoie as alegações da Huawei colocar nenhuma ameaça à segurança".

"Consideramos a exclusão da Huawei, baseada simplesmente numa presunção sem fundamento, injusta e inaceitável", salienta a companhia.

A Huawei afirma ainda que durante os 20 anos de operação na Suécia, bem como noutros países, manteve "um registo de zero graves incidentes de segurança", considerando que "nunca causou a mais pequena ameaça à cibersegurança sueca e nunca irá" fazê-lo.

"Excluir a Huawei não vai tornar as redes 5G da Suécia mais seguras. Ao invés, a concorrência e a inovação irão ser severamente dificultadas", considera a empresa chinesa.

A Huawei irá ainda "avaliar cuidadosamente" o impacto causado pela decisão das autoridades suecas, esperando que "o Governo sueco reavalie a decisão no espírito do mercado justo e aberto que sempre respeitou".

"Exploraremos as possibilidades de mais comunicações com as autoridades relevantes e permaneceremos comprometidos em servir os clientes e em contribuir para a sociedade localmente", conclui a nota da Huawei.

A Suécia, pátria da Ericsson, principal concorrente da Huawei, está assim a seguir a decisão britânica tomada em julho de proibir o grupo chinês, numa altura em que vários países europeus estão a fechar gradualmente a porta das suas redes de telecomunicações ou estão a considerar fazê-lo.

"Novas instalações em funções centrais para a utilização das bandas de frequência de rádio devem ser realizadas sem fornecedores Huawei ou ZTE", escreve a autoridade sueca numa declaração.

"Se a infraestrutura existente nas funções centrais fosse utilizada para oferecer serviços nas frequências em questão, os produtos da Huawei e ZTE teriam de ser removidos até 01 de janeiro de 2025, o mais tardar", acrescenta a autoridade.

Se estas funções da rede central forem "dependentes de pessoal ou funções localizadas no estrangeiro, estas dependências devem ser eliminadas e, se necessário, substituídas por pessoal ou funções na Suécia", declara a autoridade.

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