Web Summit: Manuel Heitor realça progresso tecnológico de Portugal

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, destacou hoje, numa intervenção na Web Summit, o progresso tecnológico de Portugal nos últimos anos e a participação ativa nos esforços europeus para a inovação.

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Lusa
02/12/2020 17:44 ‧ 02/12/2020 por Lusa

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Web Summit

"No último verão, a Comissão Europeia classificou Portugal como um país muito inovador. Somos um país pequeno, com um mercado reduzido e as nossas 'start-ups' são particularmente motivadas para a internacionalização", afirmou o governante, lembrando que "Portugal participou ativamente na estratégia 'Open Data'", assente em "três eixos: acesso à informação, participação e garantia de que a informação é relevante para a sociedade".

Sem desvalorizar o impacto da crise provocada pela covid-19, Manuel Heitor considerou que parte da recuperação pós-pandemia será encetada pela criação de "muitos postos de trabalho pelas start-ups" e apontou como desafio "a modernização do ensino superior" e um novo ímpeto para "complementar a educação tradicional com cursos de formação mais curtos", respondendo ao "objetivo final de formar mais pessoas e melhorar as capacidades".

Finalmente, o ministro português vincou que o desenvolvimento tecnológico terá também uma crescente preocupação com a sustentabilidade em Portugal, fornecendo como exemplos os avanços de várias 'start-ups' nacionais na monitorização da natureza e biodiversidade e a integração de "inteligência artificial para deteção do plástico nos oceanos e desenvolvimento de formas de reutilização" como resposta à emergência ambiental.

A Web Summit, considerada uma das maiores cimeiras tecnológicas do mundo, realiza-se este ano totalmente 'online' com "um público estimado de 100 mil" pessoas.

Para o cofundador do evento, o irlandês Paddy Cosgrave, o próximo grande desafio será trazer "100.000 pessoas a Lisboa", o que só acontecerá "em 2022 ou 2023".

Relativamente à polémica do pagamento de 11 milhões de euros (oito milhões pelo Governo e três milhões de euros pela câmara de Lisboa) por uma edição que é 'online', Paddy Cosgrave disse tratar-se de um assunto político, em que não se quer envolver. O CDS-PP enviou questões sobre o tema ao Governo e o vereador do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Lisboa também questionou o pagamento do contrato.

Após duas edições realizadas em Lisboa (2016 e 2017), a Web Summit e oGoverno Portuguêsanunciaram, em outubro de 2018, uma parceria a dez anos que permite manter a conferência na capital Portuguesa até 2028.

A Web Summit 2020 teve início hoje e decorre até sexta-feira.

Leia Também: Web Summit: Eleições nos EUA foram um referendo à gestão de Trump

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