O presidente executivo da Vodafone Portugal afirmou hoje que o ciberataque à empresa foi "um ato criminoso" que tinha "claramente" o objetivo de tornar a rede indisponível, "com gravidade, para dificultar ao máximo o nível dos serviços".
A Vodafone Portugal conseguiu já recuperar alguns serviços e acredita que conseguirá recuperar os serviços de dados móveis 4G durante a tarde, porém "com elevado grau de incerteza".
Relativamente a serviços essenciais que dependem da rede da Vodafone Portugal, como o INEM e alguns bombeiros, Mário Vaz admitiu que "houve uma afetação da atividade normal", e que já foi recuperado o acesso a serviço voz e dados 3G.
"Continuamos a trabalhar de forma muito próxima com a equipa do INEM", garantiu Mário Vaz.
A operadora Vodafone assumiu hoje que foi alvo de um ciberataque na segunda-feira e disse que não tem indícios de que os dados de clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos, estando determinada em repor a normalidade dos serviços.
Numa nota hoje divulgada, a Vodafone lamenta os transtornos causados aos clientes e informa que tem "uma equipa experiente" de profissionais de cibersegurança que, em conjunto com as autoridades competentes, está a realizar uma investigação aprofundada "para perceber e ultrapassar a situação".
A empresa explica que na segunda-feira foi alvo de um "ciberataque deliberado e malicioso" com o objetivo de causar danos e perturbações.
Garante que, assim que foi detetado o primeiro sinal de um problema na rede, agiu "de forma imediata para identificar e conter os efeitos e repor os serviços" e explica que a situação está a afetar a prestação de serviços baseados em redes de dados, nomeadamente rede 4G/5G, serviços fixos de voz, televisão, SMS e serviços de atendimento voz/digital.
"Já recuperámos os serviços de voz móvel e os serviços de dados móveis estão disponíveis exclusivamente na rede 3G em quase todo o país mas, infelizmente, a dimensão e gravidade do ato criminoso a que fomos sujeitos implica para todos os demais serviços um cuidadoso e prolongado trabalho de recuperação que envolve múltiplas equipas nacionais, internacionais e parceiros externos", acrescenta a empresa, sublinhando que essa recuperação irá acontecer progressivamente ao longo do dia de hoje.
Na nota, a empresa adianta que a investigação se irá prolongar por tempo indeterminado e com o envolvimento das autoridades competentes.
Leia Também: CEO: Ciberataque à Vodafone teve origem em "ato terrorista e criminoso"