A exposição, que decorre até quinta-feira, "condena veementemente a invasão russa da Ucrânia", disse o diretor-geral da Associação Mundial dos Operadores de Telecomunicações Móveis (GSMA), Mats Granryd, na conferência de abertura, o que mereceu um longo aplauso por parte dos participantes.
"Os nossos pensamentos estão com todos aqueles afetados pela guerra", disse por seu lado Nick Read, diretor executivo do gigante das telecomunicações Vodafone, recordando que o conflito ucraniano veio juntar-se a múltiplos "problemas políticos, económicos, sociais e ambientais".
Devido à situação na Ucrânia, os organizadores da MWC decidiram na sexta-feira retirar o pavilhão dedicado às empresas russas: "A GSMA aceita todas as sanções e políticas governamentais resultantes desta situação", afirmou Nick Read.
Cerca de dez empresas tecnológicas russas deveriam estar presentes no espaço dedicado às empresas daquele país, mas pelo menos a empresa especialista em cibersegurança Kaspersky e a Infinet Wireless, ambas russas, mantiveram a sua participação.
De acordo com os organizadores da MWC, está prevista a vinda de entre 40.000 e 60.000 visitantes este ano, uma assistência ainda longe dos números pré-pandemia (100.000 visitantes em 2019).
A feira mundial de telecomunicações móveis foi cancelada à última hora em 2020, devido ao facto de muitas das grandes empresas do setor na altura terem decidido não comparecer e no ano passado ter tido lugar no início do verão e num formato reduzido (20.000 participantes).
Este ano estão presentes cerca de 1.500 expositores de 170 países, segundo os organizadores, entre eles todos os gigantes da tecnologia e das telecomunicações, com a exceção, muito notada, da Sony, do Japão, e da Lenovo, da China, que só irão participar "de forma virtual" no evento.
Com o lema "Conectividade desatada", espera-se que sejam protagonistas principais da feira a tecnologia 5G, serviços na nuvem, inteligência artificial avançada, a internet das coisas e as empresas de tecnologia financeira.
Na inauguração do evento que teve lugar esta manhã em Barcelona o rei de Espanha, Felipe VI, foi recebido pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, mas sem a presença do presidente independentista da comunidade autónoma da Catalunha, que tinha entrado no recinto poucos minutos antes.
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