As fontes avançaram a informação à revista norte-americana especializada em entretenimento Variety.
No início da semana, a Netflix anunciou que não ia cumprir a nova lei de audiovisual da Rússia, que obrigaria a plataforma a incluir 20 canais de televisão públicos para poder operar no país.
A lei, que estava programada para entrar em vigo em 01 de março, exigia que a empresa norte-americana e outros serviços idênticos transmitissem conteúdos afiliados ao Kremlin, como o Channel One, a rede de entretimento NTV e o canal da Igreja Ortodoxa.
A Netflix lançou o seu serviço local em russo há pouco mais de um ano, tendo menos de um milhão de subscritores naquele país, uma pequena percentagem dos mais de 222 milhões que possui em todo o mundo.
Também hoje o serviço de 'streaming' de música Spotify anunciou o encerramento dos seus escritórios na Rússia e a remoção de conteúdos patrocinados pelo Kremlin.
A medida é uma resposta ao "ataque não provocado contra a Ucrânia", disse o Spotify em comunicado.
"Encerrámos os nossos gabinetes na Rússia até novo aviso", adiantou a empresa sediada em Estocolmo (Suécia) e listada em bolsa em Nova Iorque (Estados Unidos).
O Spotify disse ainda que reduziu a capacidade de busca para encontrar 'podcasts' de ou operados por meios de comunicação com ligações ao Kremlin.
A empresa referiu que removeu os conteúdos da RT e Sputnik na União Europeia (UE) e noutros mercados no início da semana.
No entanto, o Spotify matem o serviço aberto para os utilizadores russos.
"Acreditamos que é de extrema importância que o nosso serviço esteja disponível na Rússia para permitir um fluxo global de informações", acrescentou.
Um número significativo de empresas tecnológicas e audiovisuais -- a maioria com sede na Califórnia (Estados Unidos) -- está a tomar medidas semelhantes face à guerra na Ucrânia.
Os estúdios da The Walt Disney Company, Warner Bros. e Universal Pictures não vão lançar os seus novos filmes na Rússia.
A tecnológica Meta anunciou que vai restringir o acesso à rede RT e à agência Sputnik, imprensa associada ao governo russo, nas suas redes sociais -- Facebook, Instagram e WhatsApp -- a pedido da UE.
Também o Twitter, outra rede social norte-americana, anunciou na segunda-feira que vai adicionar um aviso às mensagens que partilhem 'links' de notícias da imprensa controlada pelo Kremlin, tentando reduzir a sua circulação.
Leia Também: Netflix deu novo passo para se afirmar nos videojogos