A Nintendo suspendeu os envios para a Rússia "por enquanto", disse um porta-voz da empresa, com sede em Quioto.
O porta-voz acrescentou que a decisão foi tomada por dois motivos: a loja 'online' da Nintendo não está disponível na Rússia desde 04 de março, devido à suspensão das transações em rublos pelo fornecedor de serviços de pagamento, e "perturbações logísticas".
Na quarta-feira, a Sony anunciou a suspensão de "todos os envios de jogos e consolas, o lançamento das operações do 'Gran Turismo 7' e da PlayStation Store na Rússia", numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
A "Sony Interactive Entertainment (SIE) junta-se à comunidade global no apelo à paz na Ucrânia", acrescentou o fabricante da PlayStation, na mesma mensagem.
A empresa lembrou o anúncio de uma doação de dois milhões de dólares (1,8 milhões de euros) ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e à organização não governamental Save the Children para apoiar as vítimas da guerra.
A SIE é uma subsidiária detida pela Sony Group Corporation e tem atividades globais na Califórnia, em Londres e em Tóquio.
Empresas globais, como McDonald's, Coca-Cola, Ikea, Adidas e Chanel, anunciaram a suspensão temporária das operações na Rússia.
A Microsoft, rival norte-americana da Sony nos videojogos, declarou na semana passada que suspendia "novas vendas" dos produtos e serviços no mercado russo.
Outros gigantes tecnológicos fizeram anúncios semelhantes, como a Apple, que deixou de vender 'iPhones' e 'tablets' na Rússia, enquanto plataformas como Facebook, YouTube (Google) e Twitter bloquearam publicações dos meios de comunicação estatais russos na Europa.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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