Um antigo moderador do Facebook decidiu processar a empresa responsável pela rede social, a Meta, e acusa-a de tráfico humano, de trabalhos forçados e de desmantelamento de sindicatos.
O moderador em questão, de nome Daniel Motaung, cumpriu as suas funções enquanto esteve na Sama, uma empresa de ‘outsourcing’ contratada pelo Facebook para providenciar serviços de moderação de conteúdo.
Conta o The Washington Post que Motaung, originalmente da África do Sul, mudou-se para a capital do Quénia, Nairobi, para trabalhar na Sama e explica que, quando assinou o contrato, não sabia que estaria prestes a trabalhar para o Facebook ou que seria exposto diariamente a imagens gráficas e conteúdo perturbador.
O ex-moderador do Facebook afirma que a vaga de emprego a que respondeu foi “criada para enganar candidatos incautos a tornarem-se moderadores de conteúdo” na empresa o que, como nota Motaung, é considero tráfico humano ao abrigo da lei do Quénia.
“Quando me candidatei à vaga de emprego, tinha acabado de sair da universidade e estava numa missão de tirar a minha família da pobreza. Seis meses depois, a minha saúde física e mental tinham sido destruídas”, conta Motaung. “O Mark Zuckerberg e os seus comparsas em empresas como a Sama não podem tratar as pessoas assim. É por isso que estou a fazer isto. Não somos animais. Somos pessoas - e temos o direito de sermos tratados como tal”.
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