Os utilizadores aprovados que utilizam o método de pagamento Apple Pay poderão optar por pagar uma compra em quatro prestações ao longo de seis semanas, "sem juros ou taxas de qualquer tipo".
O novo serviço "Apple Pay Later", permitirá "visualizar, rastrear e reembolsar facilmente", realçou a empresa californiana em comunicado.
O serviço dependerá da rede Mastercard, mas o grupo não especificou qual será o banco responsável pelos créditos.
A Apple apresentou também esta segunda-feira um conjunto de novas ferramentas e melhorias no seu sistema operacional, o iOS 16, que será instalado automaticamente nos 'smartphones' no outono.
A marca tem diversificado bastante os seus serviços e fontes de rendimento nos últimos anos, para incentivar os utilizadores dos seus dispositivos a permanecerem no seu 'ecossistema', ou seja, desde a comunicação ao entretenimento, passando pelo trabalho e compras 'online'.
Desta vez, a escolha recaiu sobre uma área já explorada por outras empresas, como a Affirm (parceira da Amazon e Stripe), Afterpay, Klarna ou PayPal
Este método de pagamento é uma alternativa menos arriscada aos cartões de crédito, que cobram juros muitas vezes complicados de entender e que podem acumular dividas rapidamente.
O uso ganhou preponderância durante a pandemia de covid-19 e as parcerias com as empresas multiplicaram-se, com estas a estarem dispostas a pagar uma percentagem da transação.
No entanto, em dezembro, uma agência norte-americana abriu uma investigação sobre os riscos e benefícios desta solução de pagamento.
O Departamento de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB) manifestou-se "preocupado" com a potencial acumulação de dívidas, o cumprimento das leis de proteção ao consumidor e o uso dos dados recolhidos por empresas que oferecem estes serviços.
A Grand View Research estima que o mercado global da solução "compre agora e pague depois" tenha representado 5.000 milhões de dólares (cerca de 4.680 milhões de euros) em 2021 e prevê que atingirá cerca de 40.000 milhões de dólares (cerca de 37.430 milhões de euros) até 2030.
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