A empresa Conforama, uma das maiores no ramo imobiliário e de artigos para o lar, foi alvo de um ataque informático, segundo avançou o jornal Le Parisien, esta sexta-feira.
O grupo de piratas informáticos ALPHV, também conhecido como BlackCat, estará por detrás do ataque, alegando ter roubado mais de um terabyte de informação dos clientes da cadeia francesa, que ameaça divulgar.
Entre os dados roubados encontram-se faturas, contratos e dados bancários de clientes, num ataque que, segundo a Conforama France, afetou apenas as filiais espanhola e portuguesa. Os documentos datam de 2015 a 2019, de acordo com a mesma fonte.
"A Conforama tem 48 horas para entrar em contacto connosco, para ter a oportunidade de recuperar os seus dados e proteger os seus clientes”, terá intimado o grupo, numa nota datada de 6 de novembro.
O documento ameaça ainda que "se a Conforama não contactar [o grupo], estes dados serão publicados no domínio público e haverá atividade que prejudicará seriamente a Conforama, os seus clientes e os seus parceiros", especificando que "os dados bancários dos clientes serão usados para propósitos ilegais".
Conforama (@Conforama) was hit by #Alphv/#Blackcat ransomware group. 1TB of internal data allegedly leaked.@ransomwaremap pic.twitter.com/99UmBtninJ
— Soufiane Tahiri (@S0ufi4n3) November 11, 2022
Em nota enviada ao Notícias ao Minuto, a empresa esclarece que "a Conforama Iberia sofreu um acesso não autorizado ao seu sistema, que não teve impacto nas [suas] operações". O grupo francês assegura ainda que "já ativou todos os protocolos de segurança e de contingência para mitigar os efeitos da situação, de acordo com os procedimentos legais em vigor".
"Até ao momento, não temos indícios que tenham sido acedidos dados sensíveis de clientes, que seriam imediatamente notificados em caso de informação pessoal comprometida. Estamos também em condições de afirmar que todos os dados que os clientes partilham nas lojas e no website da marca não foram afetados", assegura ainda o comunicado.
Contudo, a empresa aconselha "precaução quanto à receção de emails, mensagens ou outras comunicações que solicitem dados pessoais ou que incitem a aceder a links suspeitos", lamentando "desde já o incómodo causado", e ressalvando a sua "máxima prioridade na rápida resolução desta ocorrência".
[Notícia atualizada às 21h47]
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