Seg. Social. Expostos nomes de 14 mil trabalhadores em ataque informático

Os nomes de 14 mil trabalhadores da Segurança Social foram expostos, mas os dados de contribuintes e empresas não foram comprometidos, no ciberataque ao sistema do instituto em novembro de 2022, revelou hoje a presidente do Instituto de Informática.

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Lusa
11/01/2023 12:11 ‧ 11/01/2023 por Lusa

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Segurança Social

Paula Salgado esteve hoje numa audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, a requerimento do PCP sobre o ciberataque ao sistema informático do Instituto da Segurança Social, que ocorreu em novembro do ano passado.

"Foram expostos dados dos trabalhadores da Segurança Social, nomeadamente o nome", afirmou Paula Salgado, garantindo, contudo, que "não houve qualquer comprometimento de dados pessoais de cidadãos e contribuintes".

Questionada por Nuno Carvalho, deputado do PSD, sobre o número de nomes de trabalhadores da Segurança Social divulgados, Paula Salgado indicou que foi divulgado "o nome de 14 mil contas".

No entanto, argumentou que "com esta informação não é feito nada", já que considera que "o nome não é a chave, o código de utilizador é que é a chave".

Em causa está o ciberataque ao Instituto da Segurança Social, notificado à Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) em 20 de novembro, segundo a uma resposta da mesma ao parlamento, enviada em 07 de dezembro.

Em resposta às questões do deputado comunista Alfredo Maia, a presidente do Instituto de Informática disse que, "apesar de o incidente ter sido classificado como de baixo risco", optou por "efetuar essa comunicação à Comissão Nacional de Proteção de Dados".

Paula Salgado explicou que o Instituto de Informática contou, além da própria equipa, "com a ajuda de especialistas em cibersegurança internacional", tendo trabalhado "em estreita colaboração com a Polícia Judiciária", pelo que "está a decorrer um inquérito".

Entre as medidas implementadas pelo instituto para garantir que o ataque informático foi debelado, a responsável elencou a ativação do programa de crise interna, a constituição de uma equipa imediata de trabalho para a contenção e verificação e monitorização de todos os alertas e sistemas de informação, tendo ainda apostado em "ações técnicas absolutamente necessárias", bem como no alargamento da autenticação multifator.

"Fomos absolutamente claros [com os trabalhadores]", garantiu a responsável do Instituto de Informática, detalhando: "Na madrugada de domingo para segunda-feira [de novembro] comunicámos a todos os trabalhadores".

Em 21 de novembro, a Segurança Social anunciou ter sido alvo de um ataque informático.

"A Segurança Social foi alvo de um ciberataque que resultou numa intrusão intencional e maliciosa na sua rede informática. Da investigação forense do incidente de segurança, não foi apurado, até ao momento, qualquer facto que permita concluir ter havido acesso indevido a dados de cidadãos ou de empresas", indicou num comunicado divulgado na altura.

Segundo a Segurança Social, "foram de imediato desencadeadas as diligências necessárias, em estreita colaboração com o Centro Nacional de Cibersegurança, a Polícia Judiciária e especialistas em cibersegurança, no sentido de garantir a segurança dos sistemas e respetivos dados".

[Notícia atualizada às 12h29]

Leia Também: Venda solidária de obras de Bansky alvo de ataque informático russo

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