A onda de despedimentos na indústria tech continua, com o CEO da Disney a anunciar esta quarta-feira que a gigante norte-americana vai despedir 7.000 trabalhadores.
O chefe da empresa, Bob Iger, anunciou os despedimentos em massa numa conferência sobre as receitas da Disney.
Segundo Iger, citado pela ABC News, a Disney prevê poupar um total de cinco mil milhões de dólares nos despedimentos, com três mil milhões a partir da produção de conteúdos (excluindo desporto).
"Não tomo esta decisão de ânimo leve", admitiu o CEO.
Com a Disney a ter 220 mil trabalhadores em todo o mundo, o despedimento coletivo afetará 3% da força laboral de uma das maiores empresas do mundo e um dos grandes conglomerados mundiais na área da televisão e do cinema.
A decisão surge numa altura em que a Disney está a reestruturar-se e a dividir a empresa em três grandes setores: a Disney Entertainment, a ESPN (a televisão de desporto) e a Disney Parks, que gere os parques temáticos.
A ABC - uma das emissoras norte-americanas detida pela Disney - noticiou que as ações subiram 8% nas horas seguintes ao anúncio da decisão.
Os despedimentos são o mais recente episódio na ronda de 'layoffs' que várias empresas na indústria dos média estão a realizar. A Warner Bros. Discovery e a Vox Media também anunciaram despedimentos, e empresas como a Microsoft, a Apple e a Meta também despediram trabalhadores.
Apesar da Disney apresentar receitas na ordem dos 23,5 mil milhões de dólares (cerca de 21,4 mil milhões de euros) no último quadrimestre de 2022, o que representou um crescimento de 8%, o seu serviço de streaming, a Disney+, perdeu subscritores pela primeira vez desde o arranque, em 2019.
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