Telescópio James Webb capta estrela à beira da morte. Ora veja
O telescópio espacial James Webb captou a fase rara e fugaz de uma estrela à beira da morte, divulgou esta terça-feira a agência espacial norte-americana (NASA).
© Lusa
Tech James Webb
A NASA divulgou a imagem esta terça-feira, na conferência South by Southwest em Austin, no Estado norte-americano do Texas.
A observação foi uma das primeiras feitas pelo telescópio Webb após o seu lançamento no final de 2021.
Os seus 'olhos' infravermelhos observaram todo o gás e poeira lançados para o espaço por uma enorme estrela quente a 15.000 anos-luz de distância. Um ano-luz tem cerca de 9,46 triliões de quilómetros.
Com um brilho em roxo, o material expelido pela estrela já compôs em tempos a sua camada externa.
Cosmic spring is in the air! The latest image from @NASAWebb features a blooming Wolf-Rayet star, 15,000 light-years away. This rare phase is as fleeting as the cherry blossom it resembles. Luckily, Webb can study its "petals" of dust in detail: https://t.co/z9dlzgKmAh #SXSW pic.twitter.com/sAOrZkX0Wl
— NASA (@NASA) March 14, 2023
O telescópio espacial Hubble tirou uma foto da mesma estrela em transição há algumas décadas, embora parecesse mais uma bola de fogo, sem os detalhes minuciosos.
A transformação ocorre apenas com algumas estrelas e normalmente é o último passo antes de explodirem, transformando-se em supernova, segundo os cientistas.
"Nunca a vimos desta forma antes. É realmente emocionante", salientou Macarena Garcia Marin, cientista da Agência Espacial Europeia que faz parte do projeto.
Esta estrela na constelação de Sagitário, oficialmente conhecida como WR 124, tem 30 vezes a massa do nosso sol e já expeliu material suficiente equivalente a 10 sóis, segundo a NASA.
O James Webb, o maior e mais poderoso telescópio já lançado no espaço, é um projeto de 10.000 milhões de dólares e tem o nome de um antigo administrador da NASA, tendo sido enviado para o espaço em 25 de dezembro, após sucessivos atrasos, num foguetão de fabrico europeu. Está em órbita a 1,5 milhões de quilómetros da Terra.
Os astrónomos esperam com o James Webb obter mais dados sobre os primórdios do Universo, incluindo o nascimento das primeiras galáxias e estrelas, mas também sobre a formação de planetas.
[Notícia atualizada]
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