O satélite descolou da base da NASA de Cabo Canaveral, na Florida, acoplado a um foguetão Falcon 9, da empresa aeroespacial norte-americana SpaceX, do magnata Elon Musk.
O telescópio tem o nome do matemático Euclides e está equipado com dois instrumentos científicos.
Depois de se separar do foguetão, transmitiu o seu primeiro sinal, como previsto.
O telescópio de duas toneladas será colocado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra. O trabalho científico deverá começar dentro de cerca de três meses, depois de os instrumentos terem sido calibrados.
"É um momento de grande alegria ver esta missão a caminho do seu destino", declarou Josef Aschbacher, diretor-geral da Agência Espacial Europeia (ESA), durante a transmissão vídeo em direto.
A descolagem foi "perfeita", concordou Carole Mundell, diretora de Ciência da ESA.
"Nos próximos seis anos, vamos desvendar os mistérios do lado escuro do Universo", afirmou.
Trata-se da primeira missão espacial concebida para tentar compreender o que está, efetivamente, a acelerar a expansão do Universo e que, segundo as teorias cosmológicas, se deve à energia escura, uma misteriosa força que se opõe à atração gravitacional.
Juntas, a energia escura e a matéria escura (matéria invisível, que não emite nem absorve luz) compõem 95% do Universo que continua por desvendar.
Portugal, Estado-membro da ESA desde 2000, ocupa pela primeira vez um lugar de destaque numa missão espacial da ESA, ao fazer parte de um consórcio que foi criado para desenvolver, construir e explorar o telescópio.
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