Esta decisão surge numa altura em que a Rússia insta as suas empresas sediadas no estrangeiro, nomeadamente em países ditos "hostis", a regressarem à Rússia para apoiar a economia nacional, no meio do conflito na Ucrânia.
A VK, o equivalente russo do Facebook, declarou em comunicado que "a decisão de passar a domiciliar as operações do grupo" das Ilhas Virgens Britânicas para a Rússia tinha sido "aprovada" pelos acionistas e pela administração do gigante tecnológico.
Solicitado pela AFP a fazer um comentário sobre a decisão e as razões que o motivaram a decidir pela domiciliação na Rússia, o grupo russo VK ainda não tinha respondido até ao final da manhã de hoje.
Em fevereiro deste ano, o grupo VK limitou-se a indicar que o conselho de administração era favorável a esta operação, "no melhor interesse do grupo e dos seus acionistas".
Na Rússia, o VK será registado na ilha de Oktiabrski, na região ocidental de Kaliningrado, uma das zonas económicas especiais criadas para atrair investimentos e empresas 'offshore' russas.
O grupo russo deixará, assim, de estar cotado na Bolsa de Valores de Londres, segundo informou hoje a VK.
Fundado em 1998, com o nome de Mail.ru, o grupo, que passou a denominar-se VK em 2021, é um dos principais 'players' na Internet em língua russa.
O grupo é atualmente dirigido por Vladimir Kirienko, que está sob as sanções europeias, britânicas e norte-americanas aprovadas contra a Rússia.
Com cerca de 85 milhões de utilizadores ativos por mês, a VKontakte é a rede social mais utilizada na Rússia, sendo que a empresa emprega mais de 11.000 pessoas.
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