Satélite em órbita há décadas deverá cair na Terra esta quarta-feira

Quando chegar a uma altitude de cerca de 80 quilómetros da atmosfera, o processo de fragmentação terá início.

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© Agência Espacial Europeia (ESA)

Notícias ao Minuto
21/02/2024 12:01 ‧ 21/02/2024 por Notícias ao Minuto

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O satélite ERS-2 deverá reentrar na atmosfera terrestre esta quarta-feira, ao fim de quase 29 anos em órbita. Segundo as mais recentes previsões da Agência Espacial Europeia (ESA), o fenómeno deverá acontecer pelas 15h49 desta tarde (hora em Lisboa). Contudo, “é impossível saber exatamente onde e quando”.

“Como a reentrada da nave espacial é ‘natural’, sem a possibilidade de realizar manobras, é impossível saber exatamente onde e quando reentrará na atmosfera e começará a arder”, adiantou a ESA, na página dedicada a atualizações da descida do objeto em tempo real.

De acordo com a entidade, “a grande maioria do satélite arderá, e quaisquer pedaços que restem ficarão espalhados de forma um tanto ou quanto aleatória numa trilha terrestre com, em média, centenas de quilómetros de comprimento e algumas dezenas de quilómetros de largura”, pelo que “os riscos associados são muito, muito baixos”.

A incerteza da reentrada deve-se, no entanto, “à dificuldade de prever a densidade do ar através do qual o satélite está a passar”.

O objeto tem descido mais de 10 quilómetros por dia, estando a sua velocidade a aumentar gradualmente. Quando chegar a uma altitude de cerca de 80 quilómetros da atmosfera, o processo de fragmentação terá início.

Alguns destroços poderão chegar à Terra, mas a maioria deverá cair no oceano. Nenhum dos fragmentos contém substâncias tóxicas ou radioativas, segundo assegurou a ESA.

Recorde-se que o ERS-2 foi lançado no dia 21 de abril de 1995 sendo, na época, a nave espacial mais sofisticada da Europa.

“Com o quase idêntico ERS-1, recolheu dados valiosos sobre as superfícies terrestres, oceanos e calotas polares da Terra, e foi chamado a monitorizar desastres naturais, como inundações graves ou terramotos em partes remotas do mundo”, apontou o organismo.

Os dados ERS-2 ainda são utilizados atualmente, continuando acessíveis através do Programa Espacial Heritage da ESA.

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