Governo dos EUA fortalece cibersegurança contra ameaça da China

O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden assinou uma ordem executiva que visa reforçar a cibersegurança nos portos norte-americanos, em particular face aos riscos associados à utilização de guindastes gigantes fabricadas na China.

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Lusa
22/02/2024 07:33 ‧ 22/02/2024 por Lusa

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Cibersegurança

"Atualmente, os portos dos EUA empregam 31 milhões de pessoas, contribuem com 5.400 biliões (milhão de milhões) de dólares (5.000 biliões de euros, à taxa de câmbio atual) para a nossa economia e são o principal ponto de entrada de mercadorias nos Estados Unidos", frisou Anne Neuberger, conselheira sénior da Casa Branca para questões de cibersegurança, durante uma conversa com meios de comunicação social.

"A condução das suas operações tem um impacto claro e direto no sucesso do nosso país, da nossa economia e da nossa segurança nacional", acrescentou.

A ordem executiva emitida pelo presidente democrata pretende estabelecer requisitos mínimos de cibersegurança.

O diploma também pretende melhorar a notificação de incidentes por navios e infraestrutura portuária.

O Governo federal também vai investir 20 mil milhões de dólares (18,5 mil milhões de euros) em infraestrutura portuária nos próximos cinco anos.

Estes investimentos devem, entre outras coisas, apoiar a produção nos Estados Unidos de guindastes utilizados para carregar e descarregar contentores, para reduzir a dependência de equipamentos fabricados na China.

"As ameaças chinesas são um perigo particular que este decreto ajudará a combater", frisou Anne Neuberger, especificando que o Governo também pretende prevenir ataques criminosos, em particular por 'ransomware'.

"Os guindastes gigantes fabricados na China dominam o mercado global e representam quase 80% dos guindastes usados nos portos dos EUA. Por definição, esses guindastes podem ser controlados, geridos e programados remotamente. Isso torna os guindastes fabricados na China potencialmente vulneráveis", destacou, por sua vez, John Vann, almirante e comandante das atividades de cibersegurança da Guarda Costeira dos EUA, em declarações aos jornalistas.

John Vann estimou o número desses guindastes chineses operando nos Estados Unidos em pouco mais de 200, e indicou que 92% destes já foram revistos pela Guarda Costeira americana, à procura de falhas ou ameaças à cibersegurança.

Leia Também: Prestador de serviços chinês pirateou governos e NATO

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