Liang Wenfeng, um empresário com 40 anos, descrito como a "nova cara" da Inteligência Artificial (IA) na China, regressou nos últimos dias a Mililing, na cidade portuária de Zhanjiang, onde foi erguida uma faixa vermelha na qual se afirma que o empresário é um "orgulho" para a região.
A cidade natal de Liang tornou-se também uma atração turística durante as férias do Ano Novo Lunar, em que os chineses aproveitam a principal época festiva para visitar as suas cidades natais ou fazer turismo, segundo a rede social chinesa Weibo, equivalente ao X.
Outros meios de comunicação social, como o Yangcheng Evening News, de Cantão, referem que Liang era "um homem talentoso" e que "aprendeu matemática no liceu quando ainda estava no terceiro ano".
Dizem também que a cidade está "honrada" com o sucesso da Deepseek, que nos últimos dias causou um terramoto no setor tecnológico com o sucesso do seu último modelo de IA.
Liang, nascido em 1985, deixou Cantão para estudar na província oriental de Zhejiang, onde se dedicou ao campo da visão por computador, um segmento da IA.
Em 2015, cofundou a High-Flyer Quant e, em 2023, a DeepSeek, que nas últimas semanas causou uma grande agitação após o lançamento do seu modelo V3, que terá levado apenas dois meses a desenvolver e custou menos de seis milhões de dólares.
Em 20 de janeiro lançou o R1, que nos últimos dias teve um elevado número de descargas em todo o mundo.
Na semana passada, um grupo de especialistas de vários setores, como a tecnologia, a educação, a ciência, a cultura, a saúde e o desporto, reuniu-se em Pequim com o primeiro-ministro, Li Qiang, para dar opiniões e sugestões, sendo que Liang foi o único emissário dedicado à IA, demonstrando que as autoridades chinesas estão atentas ao fenómeno.
Perante a rivalidade tecnológica com os EUA, Pequim identificou a IA como uma prioridade, um mercado que poderá atingir uma avaliação de cerca de 5,6 mil milhões de yuans (772,313 mil milhões de dólares, 740,181 mil milhões de euros) no gigante asiático até 2030.
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