Rússia revela que sistema eleitoral foi alvo de 90 mil ataques
As autoridades da Rússia disseram hoje que a sua infraestrutura eleitoral foi alvo de cerca de 90 mil ataques informáticos só na sexta-feira, o primeiro dia da votação para as presidenciais, que terminam domingo.
© Lusa
Tech Rússia/Ucrânia
De acordo com o vice-presidente do departamento de Segurança da Informação da operadora de telecomunicações Rostelecom, Igor Liapunov, citado pela agência espanhola de notícias Efe, os ataques vieram "de endereços de IP localizados na Ucrânia, Europa Ocidental e América do Norte".
Estes ataques, continuou, tinham como objetivo "os portais eleitorais e a própria Comissão Eleitoral", bem como a plataforma de votação eletrónica DEG, usada pelo presidente russo para depositar o seu voto.
Entre os vários ataques, Liapunov destacou o de sexta-feira por volta das 12h00, quando o sistema eleitoral eletrónico recebeu mais de dois milhões de falsos votos por segundo, abrandando todo o processo, escreve a Efe, citando a agência noticiosa oficial russa, a Tass.
Nas últimas horas, o partido Rússia Unida, a principal força política no país, denunciou um ataque informático "em grande escala a todos os sistemas eletrónicos", de acordo com uma mensagem colocada no Telegram, na qual afirma que a maioria dos ataques foi repelido e que a infraestrutura crítica para a contagem dos votos continua segura.
As declarações das autoridades russas surgem horas depois de a agência Ukrinform ter noticiado que os especialistas cibernéticos da Ucrânia atacaram o sistema russo utilizado para a votação eletrónica nas presidenciais, que terminam no domingo.
Citando fontes dos serviços de informação militar da Ucrânia (GUR), a agência referiu que os 'hackers' contornaram "todos os sistemas de proteção" russos, estando previstos ataques até ao final da votação.
A responsável pela Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia, Ela Pamfílova, adiantou que, desde sexta-feira, já foram bloqueados pelo menos 10.500 ataques contra o sistema de votação.
A eleição deverá manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, devido a uma alteração constitucional feita em 2020.
A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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