O projeto conta com o apoio de cerca de 30 instituições da América Latina e das Caraíbas - universidades, fundações e bibliotecas - e foi denominado LatamGPT, em referência ao 'chatbot' ChatGPT da empresa americana OpenAI.
"Quando falamos de inteligência artificial, ela tem de refletir o mundo e a sua diversidade. E no caso da América Latina, não se trata apenas de falar espanhol ou português, mas de compreender as idiossincrasias da região e dar um contributo baseado na cultura e perspetiva do mundo", explicou a ministra da Ciência do Chile, Aisén Etcheverry.
Ao contrário de outros modelos, "o LatamGPT será aberto, o que significa que mais pessoas da América Latina e das Caraíbas poderão estudá-lo, utilizá-lo e melhorá-lo", referiu, em comunicado, o Centro Nacional de Inteligência Artificial (Cenia) do Chile.
Para o projeto, foram recolhidos mais de oito 'terabytes' de dados textuais, o equivalente a "milhões de livros", que são geridos por um centro na Universidade de Tarapaca, no norte do Chile, revela o comunicado citado pela AFP.
O setor da inteligência artificial está em agitação desde o lançamento, em janeiro, do robô de conversação R1 da 'start-up' chinesa DeepSeek, capaz de igualar os seus rivais americanos a um custo inferior, salienta a agência.
No final da cimeira de Paris sobre a IA, 58 países, entre os quais a China, a França e a Índia (coorganizadores), pronunciaram-se a favor de uma maior coordenação da governação da IA e apelaram a que se evite a "concentração de mercado" para tornar esta tecnologia mais acessível.
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