Questionado sobre o risco da centralização da IA e os seus benefícios, o cientista revelou que a cada cinco anos a IA será "dez vezes mais barata" e "todos terão uma IA relativamente barata a melhorar as suas vidas".
Segundo a agência espanhola, o especialista alemão disse também que nos próximos 30 anos, a humanidade vai experimentar mudanças "sem precedentes".
"Num futuro próximo, as máquinas serão capazes de melhorar e poderemos ver mais mudanças nos próximos 30 anos do que nunca", referiu.
Jürgen Schmidhuber alertou que a humanidade está a assistir a "mudanças constantes" e que é um "privilégio" viver o início desta "nova era".
Durante o seu discurso, indicou que uma das principais barreiras do setor são as "limitações físicas", uma das granes diferenças que ainda existe com os seres humanos e que dará relevância à investigação em "IA física".
"Os nossos sistemas são diferentes do ChatGPT. Um bebé aprende a prever as consequências das suas ações, os robôs fisicamente não conseguem fazer isso. No mundo virtual, pode fazer inúmeras experiências e, quando o robô cai, volta à vida. No mundo real, isso não funciona", concluiu.
O especialista alemão salientou ainda que as empresas que estão a enriquecer com a IA são aquelas que "combinam 'hardware' e 'software'", como a NVidia, através de placas de processamento de alto desempenho para aplicações de computação, uma espécie de chips de IA.
As declarações de Jürgen Schmidhuber aconteceram no Mobile World Congress (MWC), em português Congresso Móvel Mundial, que decorre na cidade espanhola de Barcelona entre os dias 3 e 6 de março.
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