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Experimentámos o PlayStation VR, a proposta para o futuro dos jogos
O Tech ao Minuto teve a oportunidade de experimentar alguns jogos nos óculos de realidade virtual da Sony, o PlayStation VR.
© Notícias ao Minuto
Tech Sony
A Sony é uma das tecnológicas a apostar atualmente na realidade virtual, sendo que no caso da empresa japonesa a aposta está concentrada na sua consola de jogos. Esta aposta materializou-se no PlayStation VR, óculos de realidade virtual que o Tech ao Minuto teve a oportunidade de experimentar a convite da Sony num espaço especialmente preparado, o VR Portal.
Neste espaço a Sony teve o cuidado de disponibilizar diferentes tipos de jogos, uma escolha que reflete a intenção de mostrar como a realidade virtual pode melhorar a experiência de jogo. Acabou por ser a opção mais acertada uma vez que, com base na nossa experiência, há tipos de jogos que são mais indicados para a realidade virtual que outros. Mas vamos por partes.
O primeiro a ser experimentado ficava localizado na Sala Branca, um espaço onde era possível experimentar uma demonstração mais ‘leve’ desenhada para quem ainda não havia tido contacto com a realidade virtual. A demonstração em si leva o jogador para o fundo do mar, numa jaula que desce progressivamente para zonas mais profundas e embrenha o jogador entre a vida marinha. De tartarugas, para mantas e medusas, o cenário calmo deu lugar ao que é facilmente descrito como um filme de terror, com um tubarão a arrancar parte da janela e a rondar a proximidade do jogador de forma ameaçadora. Os arrepios que ficam da experiência são um testemunho da potencialidade e do poder de imersão da realidade virtual.
A experiência positiva deu lugar às primeiras preocupações dos jogos realidade virtual, ironicamente na Sala Preta através de uma das séries mais reconhecidas dos videojogos, ‘Resident Evil 7’. A demonstração é a mesma lançada pela Capcom na altura da E3 e coloca o jogador numa casa abandonada de onde tem de sair. A atmosfera é de suspense e digna de filmes de terror mas, infelizmente, não é o receio de surgir um zombie que o vai fazer querer acabar a demonstração mas sim a sensação de enjoo. O jogador assume a perspetiva do protagonista na primeira pessoa e o que podia ser uma experiência imersiva é prejudicada pelo balanço do andar e o facto de a câmara apenas poder ser alterada a cada 30 graus.
Felizmente, esta foi a experiência mais negativa. De seguida foi possível experimentar ‘Until Dawn: Rush of Blood’ (evocativo de jogos como ‘House of the Dead’ ou ‘Virtua Cop’), ‘Driveclub’ (conseguirá sentir que está realmente ao volante de um Ferrari) e até ‘Rigs’ (poderá finalmente fazer parte de combates montado em grandes robots gigantes), estes dois últimos disponíveis na Sala Cinzenta. Todas experiências diferentes, positivas à sua maneira e que não desiludirão quem decidir optar pelo PlayStation VR.
Uma proposta a considerar?
Como acontece com todo o novo hardware que chega ao mercado, a permanência do PlayStation VR será determinada pela qualidade do software que o apoiar. Não é uma nova consola mas o preço de 399 euros não o torna algo que um apreciador de videojogos comum comprará de ânimo leve.
Mas o que pode esperar do equipamento propriamente dito? Convém realçar que o PlayStation VR é surpreendentemente leve para a dimensão que tem. Nota-se que a Sony teve o cuidado de o tornar tão confortável quanto possível, ficando a dúvida se não será frágil demais para utilizadores mais descuidados. Naturalmente, é recomendável que as sessões de jogo com o PlayStation VR não sejam demasiado prolongadas com o risco de, como pudemos comprovar, ficar com os olhos demasiado cansados caso o faça.
Por enquanto, as experiências que estarão disponíveis no lançamento parecem ser interessantes para alimentar os interessados em realidade virtual, com jogos como ‘Rigs’ e ‘Driveclub’ a serem opções bastante recomendáveis. De seguida, caberá à Sony certificar-se que o investimento feito pelos consumidores é recompensado depois do PlayStation VR chegar ao mercado em outubro.
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