Deu que falar esta semana o Facezam, uma aplicação de reconhecimento facial que alegadamente permitia, com apenas a fotografia de uma pessoa, ter acesso ao respetivo perfil no Facebook. A app ficou conhecida como ‘Shazam para caras’ (indicando semelhanças com a app de reconhecimento de música) mas, afinal, tudo não passava de embuste criado por uma empresa de marketing.
Apesar de ser apenas um embuste, o lançamento eminente desta app não passou despercebido e alertou os defensores de privacidade online. A capacidade de um estranho ter acesso ao perfil de Facebook de alguém por quem passou na rua assustou algumas pessoas que, apesar desta aplicação ser fácil, não devem julga-se livres de ‘perigo’.
“Apesar do Facezam ser um embuste, desenvolver ferramentas semelhantes é, em princípio, possível”, nota o professor de informação tecnológica e política pública da Universidade de Carnegie Mellon, Alessandro Acquisti. Ainda que seja possível, Acquisti aponta alguns obstáculos, não só legais (pode ser considerado invasão de privacidade), tecnológicos (reconhecimento facial de larga escala poderá ter sempre erros) e ainda éticos (perda de anonimato não seria aceite).