Drones estarão mais bem preparados para cenários de emergência

Uma solução para drones que permite restabelecer ou reforçar as comunicações sem fios em cenários de emergência, festivais ou manifestações está a ser desenvolvida pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), do Porto.

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Lusa
26/07/2017 14:10 ‧ 26/07/2017 por Lusa

Tech

Comunicação

Com esta solução, concebida em parceria com a empresa portuguesa de fabricação de drones Tekever, pretende-se recorrer a redes sem fios ('wireless') ou 4G (utilizada nos telemóveis) para criar "pontos de acesso voadores" que auxiliem as comunicações, disse à Lusa o investigador do INESC TEC, Rui Campos.

Esses pontos de acesso permitem cobrir cenários de emergência, como incêndios ou cheias, nos quais, muitas vezes, a ligação da infraestrutura deixou de funcionar ou reforçar a capacidade das comunicações, apoiando as equipas que atuam no terreno e as pessoas afetadas por essas catástrofes, explicou.

A equipa pretende ainda que a solução, "flexível e de rápida instalação", consiga, autonomamente, verificar as zonas que necessitam de um reforço na cobertura da rede, com base no tráfego registado pelos terminais dos utilizadores.

De acordo com responsável pela área de redes sem fios do Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC TEC, os drones não precisam de estar permanentemente a voar, podendo pousar numa determinada zona de altitude elevada, que permita cobrir a área de interesse.

"O que existe hoje em dia é a instalação de estações de base móveis temporárias, suportadas por camião, que são posicionadas nos locais onde decorrem os eventos associados ao verão", indicou o investigador.

No entanto, segundo Rui Campos, a flexibilidade de posicionamento desses camiões é "reduzida", estando limitado aos locais onde é possível estacionar o veículo".

Para além disso, as estações assentam maioritariamente em ligações via satélite, "com custos elevados e limitações de largura de banda", acrescentou.

Esta tecnologia está a ser desenvolvida no âmbito do projeto WISE, que finaliza em maio de 2019 e é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização COMPETE 2020, e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

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