Os cientistas conseguiram, com sucesso, gerar corais a partir de larvas em pedaços danificados da Grande Barreira de Corais australiana, naquele que está a ser considerado um avanço ambiental.
Os investigadores recolheram óvulos e esperma de coral e depositaram-nos em tanques para reproduzirem e crescerem.
Mais de um milhão de larvas foram produzidas numa desova massiva em novembro do ano passado e mais de 100 conseguiram sobreviver e crescer.
O líder do projeto, o professor Peter Harrison da Universidade de New South Wakes, disse aos meios de comunicação locais, citado pelo Independent, que este era um desenvolvimento "emocionante".
"O sucesso desta nova descoberta não se aplica apenas à Grande Barreira de Corais, mas tem potencialmente significado global", disse. "Os resultados são bastante promissores e o nosso trabalho mostra que acrescentar grandes densidades de larvas de coral leva a elevados números de embriões", acrescentou.
O governo australiano está a financiar uma expansão do projeto e a investir em melhores técnicas de coleta.
Situada ao longo da costa de Queensland, a Grande Barreira de Corais é o maior aglomerado de corais do mundo, constituído por cerca de 3.000 recifes e 900 ilhas.
O aquecimento global e o consequente aumento da temperatura das águas, bem como a poluição, têm levado a uma perda de cor dos corais e à sua morte.
