Até junho, arranca pagamento nos postos de carregamento rápido

O início do pagamento nos Postos de Carregamento Rápido (PCR) para veículos elétricos deverá acontecer até ao final do primeiro semestre, enquanto os carregamentos normais decorrerão mais tarde este ano, segundo a entidade gestora da rede.

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Lusa
07/02/2018 21:07 ‧ 07/02/2018 por Lusa

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MOBI.E

O presidente da MOBI.E, Alexandre Videira, explicou à agência Lusa que o trabalho que se está a fazer visa iniciar o pagamento na rede de PCR (45 kW a 50 kW) até "ao primeiro semestre" e que os carregamentos normais ((3,6 kW a 22 kW) de veículos acontecem "mais para o final do ano".

Hoje num evento de mobilidade, em Oeiras o responsável apresentou a atual rede de carregamentos, que inclui 608 EVSE (electric vehicle supply equipment -- equipamento de abastecimento de veículo elétrico), 550 carregadores normais e 58 PCR, dos quais 39 integram o projeto piloto e 19 resultam de investimento privado.

Segundo a apresentação, a cobertura da rede integra 69 municípios com EVSE e 198 municípios com utilizadores.

Nos gráficos apresentados, o responsável da MOBI.E mostrou ainda que o consumo de energia no carregamento de veículos elétricos subiu 171% de 2016 para 2017, com este último ano a apresentar um registo superior a 2000 Mwh (Megawatt por Hora)

Em 2017, os quase 4.300 utilizadores fizeram quase 233 mil operações de carregamento.

Por municípios, Lisboa lidera na energia consumida e no número de utilizadores (620 Mwh e 2.051 utilizadores), seguindo-se em termos de energia Loures (200 Mwh), Porto (cerca de 150 Mwh) e Cascais (mais de 100 Mwh).

Enquanto, por número de utilizadores a lista tem como segundo classificado Matosinhos (889), seguindo-se Loures (824), Porto (820) e Azambuja (794).

Nos PCR, a 'liderança' de utilizadores pertence à Azambuja (794), seguindo-se Pombal (701) e Oeiras (480), enquanto na energia consumida Lisboa (quase 120 Mwh) volta a estar em primeiro lugar, seguindo-se Cascais (cerca de 100 Mwh) e Oeiras (mais de 80 Mwh).

Segundo a apresentação, os mais de 76 mil carregamentos na capital portuguesa, no ano passado, evitaram 410 toneladas de dióxido de carbono.

Para este ano esperam-se pelo menos 20 novo PCR de investidores privados e novos 11 no primeiro trimestre referentes ao projeto piloto.

E no final do ano deverão ainda ser contabilizados 302 novos carregadores de 22kW e que todos os municípios tenham, pelo menos, um 22 Kw EVSE.

Em meados de janeiro, questionado sobre o início de pagamento na rede de carregamentos rápidos de veículos elétricos, o secretário de Estado do Ambiente, José Mendes, informou estar a decorrer a "fase final dos testes".

Recordando ser um processo que envolve comercializadores, operadores de pontos de carregamento e a entidade gestora da rede, a MOBI.E "que precisa de fazer as compensações" para que diferentes operadores e comercializadores "possam servir os mesmos pontos e os mesmos clientes".

"Esses testes têm alguma complexidade, que estão na fase final e muito em breve teremos notícias sobre isso", garantiu.

O Ministério do Ambiente informou à agência Lusa, em 06 dezembro de 2017, que os pagamentos nos postos de carregamento de viaturas elétricas só deveriam ter execução em 2018, atualizando a informação de outubro, que dava conta de que a cobrança não aconteceria antes do final de 2017.

A informação segue-se à que tinha sido avançada em 13 de outubro pela tutela sobre um calendário, que inicialmente referia o final do primeiro semestre de 2017.

Em outubro foi dito que os trabalhos continuavam "a decorrer para garantir as condições necessárias para assegurar uma transição eficiente".

Em meados de julho, em comunicado, a entidade gestora da rede informou que os pagamentos iriam começar depois do verão.

Como justificação, a MOBI.E referiu ter "conhecimento de que muitos utilizadores pretenderiam ter mais tempo para avaliar a adesão a um CEME (Operador detentor de registo de Comercialização de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica), sobretudo no período estival em que muitos portugueses estão de férias".

Também os CEME "manifestaram a vantagem de dispor de mais tempo para melhorarem as condições de acesso e as opções tarifárias que pretendem oferecer".

Em 08 de julho, a MOBI.E tinha agendado para o final desse mês o início do pagamento nos postos de carregamento rápidos (PCR) e informado que as tarifas seriam reveladas a partir de dia 17 do mesmo mês.

Os PCR possibilitam um carregamento de 80% da bateria em 20 a 30 minutos.

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