Pelas 17h00, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou às imediações da Tasca da Galega, local escolhido para degustar a ginjinha do Barreiro, no distrito de Setúbal.
Assim que chegou ao local, e como já é também habitual nesta ocasião, foi 'engolido' por centenas de pessoas que o aguardavam para as desejadas 'selfies' que já se tornaram numa espécie de imagem de marca do chefe de Estado.
"Este ano vou brindar à paz, acho que é a coisa mais importante no mundo, vai ser a paz porque se não tivermos paz temos crise económica e financeira constante no mundo, na Europa e em Portugal", antecipou Marcelo em declarações aos jornalistas.
Uma curta caminhada de poucos minutos separavam o local onde se encontrava o chefe de Estado da entrada da Tasca da Galega, mas entre cumprimentos e fotografias, Marcelo Rebelo de Sousa apenas entrou pela porta cerca de duas horas depois, às 19h10.
À chegada à tasca, acompanhado do presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Frederico Rosa, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que desde que é Presidente da República que vem a este local na véspera de Natal, tradição apenas interrompida em 2021, devido à pandemia da covid-19. Nesse ano, a ginjinha foi ao Palácio de Belém.
Questionado sobre se iria passar o Natal com o seu filho Nuno Rebelo de Sousa, recentemente envolvido na polémica das gémeas luso-brasileiras tratadas no hospital Santa Maria, o chefe de Estado não respondeu.
Já sobre como vai celebrar o Natal, Marcelo disse que a época festiva já começou "no início da semana" com um jantar com os netos portugueses "que entretanto estavam espalhados por vários sítios na Europa e no Dubai".
"E depois tem sido às pinguinhas, 'tiqui, tiqui, tiqui', porque como tenho tido cumprimentos significa que vai ser praticamente até ao final do ano", acrescentou.
O chefe de Estado adiantou que, após a ginjinha, ia jantar com o bispo de Setúbal, o cardeal Américo Aguiar, seguindo depois para a missa do galo naquele local.
Escassos momentos depois, entra pela porta da Tasca da Galega o próprio cardeal Américo Aguiar, que perguntou: "Ainda há ginjinha?", com Marcelo a retorquir "Lá vou eu ter que brindar outra vez".
Marcelo brindou então uma segunda vez, acompanhado do cardeal, "à saúde e à paz, paz, paz".
O cardeal, que também foi abordado à saída por algumas pessoas que lhe pediram fotografias, gracejou no final do brinde: "Setúbal tem tudo, só não tem comparação".
O Presidente da República ainda foi questionado sobre se este será um Natal mais triste pelo caso que envolve o seu filho e a polémica das gémeas luso-brasileiras, mas Marcelo respondeu que já teve natais "muito mais tristes", lembrando a morte do seu pai.
"Natais tristes são natais ligados à morte ou a problemas de saúde muito graves. Depois há natais menos simpáticos, mais simpáticos, menos alegres, mais alegres", disse.
À saída, a mesma multidão aguardava-o para as fotografias que ainda faltavam tirar.
[Notícia atualizada às 06h56]
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