Em comunicado, o construtor automóvel francês informou que esta terceira operação consistirá na venda de até 195.473.600 ações, representando 5% do capital, e será concretizada na sexta-feira.
Relativamente ao preço, indicou que, tomando como hipótese a cotação de 408,5 ienes no fecho da sessão bolsista de hoje, a Renault poderá encaixar até 494 milhões de euros, que irão reforçar a situação financeira positiva do grupo.
No entanto, para as contas consolidadas da Renault isto significará uma perda de capital de, no máximo, 1.100 milhões de euros, o que terá um impacto no resultado líquido deste ano, mas não no dividendo a pagar em 2025 (relativo às contas de 2024), uma vez que o percentual de distribuição será calculado com base noutros parâmetros.
Acima de tudo, segundo a Renault, a operação servirá para "acelerar o desendividamento" da empresa e contribuir para elevar a sua notação financeira.
Já a Nissan comprometeu-se a cancelar estes títulos, o que terá como consequência o aumento da percentagem de participação dos seus outros acionistas.
Após anos de tensões devido à disparidade entre as participações cruzadas, a Renault e a Nissan acordaram, no início de 2023, num compromisso de manter as participações cruzadas a um nível equivalente de 15% durante 15 anos.
De forma a respeitar este compromisso, a Renault, que detinha então 43,4% da Nissan, criou um fundo no qual colocou 28,40% do capital do grupo japonês, com intenção de alienar gradualmente estas ações.
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