Para o conjunto do exercício fiscal de 2024, que termina a 31 de março, o construtor automóvel japonês reviu em baixa todas as suas previsões e estima um prejuízo líquido de 80.000 milhões de ienes (49,87 milhões de euros), as primeiras perdas em quatro anos, quando os seus resultados foram afetados pelos efeitos da pandemia de covid-19.
No ano financeiro de 2024, a Nissan também espera que o lucro operacional caia 78,9% em relação ao ano anterior, para 120.000 milhões de ienes (cerca de 750 milhões de euros), e que o volume de negócios recue 1,5% para 12,5 biliões de ienes (77.950 milhões de euros).
De acordo com o relatório financeiro trimestral divulgado hoje pelo terceiro maior fabricante de automóveis do Japão, entre abril e dezembro o lucro operacional recuou 86,6%, para 64.000 milhões de ienes (399 milhões de euros), e as receitas de vendas diminuíram 0,3% para 9,14 biliões de ienes (57.000 milhões de euros).
A Nissan justificou estes números com "a diminuição das vendas, o aumento dos incentivos às vendas e a inflação".
O construtor automóvel vendeu 2.397.000 veículos nos nove meses até dezembro, menos 1,8% em termos homólogos, registando quebras em todos os mercados, exceto na América do Norte.
A queda nas vendas foi particularmente significativa na China, de 9,1%, "onde o mercado continua a ser um desafio", afirmou o diretor financeiro da empresa japonesa, Jeremie Papin, em conferência de imprensa.
Na Europa e no Japão a quebra foi de 2,6%, tendo sido de 0,3% nos outros mercados onde o fabricante opera.
No exercício de 2023, a empresa tinha registado um lucro líquido de 426.600 milhões de ienes (2.660 milhões de euros), quase o dobro do ano anterior.
A empresa com sede em Yokohama (sul de Tóquio) apresentou os resultados trimestrais no mesmo dia em que o seu Conselho de Administração confirmou o fim das negociações para a fusão com a Honda, um projeto que fracassou devido a divergências entre as duas empresas sobre a estrutura da empresa comum e a sua governação.
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