"Temos de estar atentos no sentido de evitar aquilo que se passou em cidades como o Porto e Lisboa, onde a subida abrupta do preço das habitações levou a que os habitantes não consigam encontrar casas a preços acessíveis, sobretudo as novas gerações", explicou Miguel Albuquerque.
O governante falava em Câmara de Lobos, concelho contíguo ao Funchal a oeste, onde foi apresentado o projeto para a construção de 42 fogos, no valor de sete milhões de euros, no âmbito do plano de habitação a custos controlados, que prevê um total de 517 novos fogos até 2026.
Na primeira fase, até 2024, vão ser construídas 287 habitações em todos os concelhos da Região Autónoma da Madeira e, na segunda fase, até 2026, a expectativa é construir mais 230 casas, no valor de 44 milhões de euros.
O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP) referiu que a primeira etapa está a decorrer sem "derrapagem dos preços", mas admitiu que a segunda parte do plano poderá ser afetada devido à crise mundial, com a subida da inflação, o aumento do preço dos combustíveis e a guerra na Ucrânia.
Albuquerque sublinhou, no entanto, a importância do investimento na habitação a custos controlados.
"Esta é uma forma de disponibilizarmos, através de apoios direitos e indiretos, uma oferta de habitações a preços acessíveis para todos as classes sociais e sobretudo para jovens casais e novas gerações", disse, realçando que, no total, o PRR disponibiliza 128 milhões de euros para o setor da habitação.
Os projetos estão a cargo da empresa pública Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM).
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