Benjamin Clementine mandou calar público e Casablancas esvaziou concerto
O britânico Benjamin Clementine pediu silêncio ao público e o norte-americano Julian Casablancas esvaziou a Altice Arena, no terceiro e último dia do festival Super Bock Super Rock (SBSR), que terminou hoje de madrugada em Lisboa.
© Lusa
Cultura SBSR
O cabeça de cartaz do último dia da 24.ª edição do festival era Julian Casablancas, vocalista dos The Strokes, acompanhado pelos The Voidz (com quem gravou dois álbuns), mas acabou por ser o que teve menos público. E o público que esteve presente nas primeiras músicas foi abandonando a sala ao longo da hora e meia de concerto.
Com o som estridente e a ecoar na sala quase vazia, Julian Casablancas cantou, por vezes entre balbucios, 'Lazy boy' ou 'Father Electricity'. Quando parecia que o concerto ia acabar, Casablancas voltou ao palco e trauteou 'You only live once', dos The Strokes, e desceu do palco para cumprimentar os que ainda resistiram nas primeiras filas.
Momentos antes, o público - de acordo com a organização no sábado passaram pelo festival 17 mil pessoas -- tinha-se concentrado na Altice Arena para ver Benjamin Clementine, naquela que foi a 15.ª atuação do músico em Portugal. A estreia foi em 2015 no SBSR.
Neste regresso ao festival, o músico mostrou repertório novo, do álbum 'I tell a fly', com destaque para 'Phantom of Aleppoville' e 'Jupiter', e recuperou as primeiras canções, como 'Nemesis' e 'Condolences', que prolongou num despique junto do público.
Mas antes de 'Jupiter', pareceu zangar-se com a plateia quando perguntou, carrancudo, quem é que estava a falar enquanto cantava. "Silêncio por favor, shhhh", disse.
Além de uma formação de cordas com músicos de Lisboa (Juan Maggiorani, Maria da Rocha, Bruno Silva e João Hasselberg), Benjamin Clementine fez ainda um dueto ao piano com a fadista Ana Moura, que apelidou de "a mais autêntica", no tema 'I won't complain'.
No final, depois de ter prometido que um dia aprenderia a falar português, Benjamin Clementine despediu-se de Lisboa deixando uma imagem da bandeira de Portugal com a frase "Eu vou-me lembrar de Portugal para sempre".
No sábado, os concertos no palco principal começaram ao som do 'grime' do britânico Stormzy, que atuou pela primeira vez em Portugal, como fez questão de lembrar várias vezes.
O músico confessou ter sentido "algum receio" com a estreia em Lisboa, "porque o 'grime' é uma cultura de Londres e não sabia se já tinha entrado tão fundo na Europa". Notava-se que estava surpreendido com a moldura humana que tinha à frente.
"Só é preciso energia. Não precisam de saber quem é o Stormzy, nem o que é 'grime'. Dancem!", e assim foi, mas havia muitos que sabiam e acompanharam-no nos coros.
O terceiro dia do SBSR contou ainda com uma atuação dos ingleses The The, da irano-holandesa Sevdaliza e dos portugueses Pop Dell'Arte e Isaura.
Dentro da Altice Arena, a companhia catalã Fura Dels Baus estreou uma performance que contou com uma marioneta em grande escala, uma cantora e um grupo de alunos do Chapitô suspensos no teto da sala de espectáculos.
O SBSR regressa para a 25.ª edição de 18 a 20 de julho de 2019.
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