"O Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana vem somar-se ao reconhecimento nacional e internacional de uma das vozes mais originais da literatura portuguesa dos últimos trinta anos e de uma obra que, partindo do seu centro nevrálgico na poesia, se desenvolve também, em paralelo e em permanente diálogo, com o teatro, a narrativa, a literatura infantil, o ensaio e a tradução", pode ler-se numa nota do Ministério da Cultura.
No mesmo texto, o ministério realçou que "entre outros aspetos, o trabalho de Ana Luísa Amaral tem sido fundamental para dar voz e destaque ao património literário construído no feminino".
Ana Luísa Amaral, de 65 anos, foi hoje galardoada com o XXX Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana, que reconhece uma obra poética que contribui de forma significativa para o património cultural deste conjunto de países.
Escritora e professora universitária, Ana Luísa Amaral é a terceira autora portuguesa a receber aquele prémio, de 42.000 euros, depois de Sophia de Mello Breyner (2003) e Nuno Júdice (2013), e a quarta escritora lusófona a ser distinguida, numa lista que inclui também o brasileiro João Cabral de Melo Neto (1994).
Em declarações à Lusa, na sequência do anúncio do prémio, a poetisa afirmou que receber o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana é "uma felicidade sem nome", um reconhecimento de um trabalho que é "prazer, angústia e necessidade".
"O facto de me terem dado este prémio significa que aqueles livros que eu escrevi, de alguma forma, tocaram as pessoas. Eu acho que isso é uma felicidade sem nome", disse a escritora.
Ana Luísa Amaral, cuja obra mais recente é 'What's in a name' (2020), tem recebido múltiplas distinções ao longo da carreira, sendo as mais recentes o Prémio Vergílio Ferreira (2021) e o galardão espanhol Leteo (2020).
Também no ano passado, a associação das Livrarias de Madrid atribuiu-lhe o prémio Livro do Ano, na área de Poesia, pela publicação em Espanha de 'What's in a name'.
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