Chico Buarque inicia série de concertos 'Que tal um samba' em Portugal

O músico Chico Buarque inicia hoje, no Porto, uma série de concertos de apresentação do espetáculo 'Que tal um samba' em Portugal, que inclui também datas em Lisboa e "promove um passeio pela obra de décadas" do também escritor.

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Lusa
26/05/2023 06:18 ‧ 26/05/2023 por Lusa

Cultura

Chico Buarque

Chico Buarque sobe hoje e no sábado ao palco do Pavilhão Rosa Mota, no Porto, e nos dias 1, 2 e 3 de junho no Campo Pequeno, em Lisboa.

O cantor e compositor regressa a Portugal para apresentar 'Que tal um samba', espetáculo que, segundo a promotora dos espetáculos, "promove um passeio pela obra de décadas de Chico Buarque, que reúne composições há muito não apresentadas e outras mais recentes".

Os espetáculos terão a cantora brasileira Mónica Salmaso como convidada.

Pelas 17h00 de quinta-feira ainda havia alguns bilhetes disponíveis para os concertos do Porto. A lotação em Lisboa está esgotada nos três dias.

O músico já atuou várias vezes em Portugal, a última das quais em junho de 2018, numa série de seis concertos, de apresentação de 'Caravanas', o seu 23.º álbum de estúdio, editado em 2017.

Francisco Buarque de Hollanda, de 78 anos, com uma carreira musical de mais de cinco décadas, também se destaca no mundo da literatura como escritor de romances, contos, poesias, peças teatrais e livros infantis, com títulos como 'Roda Viva', 'Gota d'Água' e 'Ópera do Malandro', 'Chapeuzinho Amarelo', 'Benjamim' e 'O Irmão Alemão'.

Chico Buarque esteve recentemente em Portugal para receber o Prémio Camões, com o qual foi distinguido em 2019.

Para o júri do Prémio Camões, a maior distinção literária de língua portuguesa, a escolha de Chico Buarque deveu-se à sua "contribuição para a formação cultural de diferentes gerações", e o "caráter multifacetado" do seu trabalho, da poesia, ao teatro e ao romance, estabelecendo-se como "referência fundamental da cultura do mundo contemporâneo".

Na cerimónia de entrega do Camões, em 24 de abril em Sintra, Chico Buarque dedicou a distinção a "tantos autores humilhados e ofendidos" nos "anos de estupidez e obscurantismo", lembrando que "a ameaça fascista persiste no Brasil e um pouco por toda a parte".

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