Marés Vivas. Cartaz com Da Weasel em destaque esgota primeiro dia
Um cartaz integralmente em português, que contempla o regresso dos Da Weasel aos palcos, foi o atrativo dos milhares que esgotaram o primeiro de três dias do festival Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia.
© André Rolo / Global Imagens
Cultura Marés Vivas
Na sua 15ª edição, o recinto do festival, no antigo parque de campismo da Madalena, teve 40 mil pessoas a "aplaudir o bom" que se faz na música portuguesa.
Embora os Da Weasel tivessem sido os últimos a subir ao palco principal, para dar aquele que foi o segundo concerto desde que a banda portuguesa de hip hop regressou ao ativo após ter anunciado o seu fim em 2010, foram muitos os fãs da banda que muito antes da atuação se espalharam pelo recinto a avaliar pelas t-shirts envergadas por grande parte dos 'festivaleiros' onde se lê "A Doninha [numa alusão ao símbolo e ao nome da banda] voltou!".
Miguel Pimentel é uma dessas pessoas que foi propositadamente de Coimbra na assistir a um "grande concerto" dos Da Weasel.
"Já os vi o ano passado [no festival NOS Alive] e o concerto foi brutal, portanto, a minha expectativa é que este seja igualmente um grande concerto", contou à Lusa.
Acompanhado da namorada, Miguel Pimentel, de 27 anos, acredita que todos os que estão no recinto querem ouvir os grandes êxitos da banda, nomeadamente "Dialetos de Ternura" ou "Re-Tratamento".
"A verdade é que todos queremos as músicas antigas, queremos que se mantenham ativos e venham dar mais concertos para nós os vermos", afirmou.
Os Da Weasel, banda fundada em 1993 pelos irmãos João e Carlos Nobre (Carlão) anunciaram em 2009 uma pausa na carreira, que um ano depois acabaria por se tornar definitiva.
Em julho do ano passado, os seis elementos do grupo - Jay, Pacman (que o público agora conhece como Carlão), Virgul, Guilhas, Quaresma e DJ Glue - reuniram-se para um concerto no festival Alive, em Oeiras, assinalando assim o regresso do grupo aos palcos, inicialmente previsto para 2020.
Contudo, os Da Weasel não são o único motivo pelo qual Miguel Pimental fez mais de 100 quilómetros para vir ao Marés Vivas, os portugueses Os Quatro e Meia também foram um "chamariz".
Além de serem de Coimbra, de onde Miguel Pimentel é natural, alguns dos elementos da banda foram colegas de turma na faculdade e, por isso, gosta de os rever, nem que agora seja em palco.
A banda, fundada em 2013, foi o que levou Ana Luísa Afonso, juntamente com três amigas, a vir da Covilhã a Vila de Nova de Gaia.
"Acho que Os Quatro e Meia são os Coldplay portugueses", afirmou.
Ana Luísa Afonso, que vem apenas esta sexta-feira, elogiou ainda o facto de o cartaz ser só de música portuguesa sendo essa uma forma, na sua opinião, de dar mais valor à cultura portuguesa que é de "excelência".
Dizendo-se "grandes fãs" de Os Quatro e Meia, as amigas Inês Silva e Gisela Pinheiro vieram do Porto "embaladas" por eles, mas também pelos Da Weasel.
"Esta a ser uma grande noite", comentaram.
A juntar a Da Weasel e Os Quatro e Meia, Bernardo Costa, de 22 anos, acrescentou o também português Slow J que considerou ser atualmente um dos "melhores artistas" no país.
Acompanhado de amigos, Bernardo Costa salientou a importância de se investir mais na divulgação da música portuguesa porque há "muita coisa boa" a ser feita no país.
Além destas bandas e artistas, o festival Marés Vivas vai receber, até domingo, J Balvin, Pablo Alborán, Carolina Deslandes, Barbara Tinoco, Balck Eyed Paes, The Script ou Fernando Daniel.
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