Na carta divulgada pela Authors Guild e dirigida à OpenAI, Meta, Microsoft e outros produtores de IA, os autores apontam que milhões de livros, artigos, ensaios e poesia protegidos por direitos de autor fornecem o "alimento" para os sistemas de IA, "refeições intermináveis para as quais não há fatura".
"Estão a gastar milhares de milhões de dólares para desenvolver a tecnologia de IA. É justo que nos compensem pela utilização dos nossos textos, sem os quais a IA seria banal e extremamente limitada", criticam, no texto citado pela agência Associated Press.
Outros signatários incluem os romancistas vencedores do Prémio Pulitzer Jennifer Egan, Michael Chabon e Louise Erdrich, bem como os autores Jonathan Franzen, Nora Roberts e Ron Chernow.
"Se os criadores não forem remunerados de forma justa, não poderão dar-se ao luxo de criar", afirmou a escritora Nora Roberts, acrescentando que "os seres humanos criam e escrevem histórias que os seres humanos lêem".
"Não somos robôs a serem programados, e a IA não pode criar histórias humanas sem tirar das histórias humanas já escritas", argumentou a escritora norte-americana que tem 180 romances publicados em 34 países.
A Authors Guild é a maior e mais antiga organização profissional para escritores dos Estados Unidos, e oferece apoio jurídico em questões de liberdade de expressão e proteção de direitos autorais.
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