'Terra Vermelha' resulta de uma década de trabalho e vivência de Tommaso Protti no Brasil, acompanhando ainda um território "onde as comunidades indígenas lutam pela sobrevivência face ao desmatamento desenfreado e aos inúmeros crimes ambientais que ali são praticados", refere o espaço Narrativa, que acolhe a exposição.
Tommaso Protti estará na sexta-feira na inauguração e também para uma conversa com o público sobre este trabalho, que cruza várias realidades do Brasil: a desflorestação desregulada, a corrupção, a poluição, a pobreza.
"Na Amazónia fica claro que a terra vale mais do que a vida humana. E no caminho para a destruição do planeta, o próximo passo para a humanidade é a sua própria extinção", afirma o fotógrafo na página oficial.
Com 'Terra Vermelha', Tommaso Protti foi distinguido pelo Instituto de Jornalismo Donald W. Reynolds, nos Estados Unidos, e pela Fundação Carmignac, em França.
Esta exposição abre a terceira edição do Ciclo Narrativa, que, entre sexta-feira e domingo, reúne em Lisboa autores de diferentes países e áreas de intervenção através da Fotografia.
Durante três dias haverá ainda leitura de 'portfólios' com editoras internacionais, apresentações de livros ou debates, com a participação de Tommaso Protti, Leonel de Castro, João Cruz, Catarina Cesário Jesus, Aneta Kowalczyk, Grzegorz Kosmala, Katya Bogachevskaya e Francesca Faulin.
Vão estar presentes as editoras Blow UP Press, XYZ Books, Fotografika Publishing e VOID.
É ainda programada a exibição do documentário 'Toda a Beleza e a Carnificina', de Laura Poitras, sobre a artista Nan Goldin, no cinema Fernando Lopes, dentro da Universidade Lusófona.
O espaço Narrativa, inaugurado em 2022, é um atelier, galeria, biblioteca e associação sem fins lucrativos que tem como missão a partilha e a valorização da Fotografia como forma de expressão e de comunicação.
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