O primeiro-ministro, Luís Montenegro, lamentou, este sábado, a morte de Mísia e destacou que a cantora portuguesa "deu uma enorme projeção internacional ao fado, de Paris a Tóquio".
"Mísia, com um estilo inconfundível, deu uma enorme projeção internacional ao fado, de Paris a Tóquio. Trouxe-lhe novos e grandes poetas e dialogou com outras músicas e artes de modo notável", escreveu na rede social X, acrescentando que se trata de "uma grande perda para a família, os amigos e Portugal".
Mísia, com um estilo inconfundível, deu uma enorme projeção internacional ao fado, de Paris a Tóquio. Trouxe-lhe novos e grandes poetas e dialogou com outras músicas e artes de modo notável. Uma grande perda para a família, os amigos e Portugal. pic.twitter.com/QHCPsKonHw
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) July 27, 2024
Sublinhe-se que Mísia morreu hoje num hospital de Lisboa, aos 69 anos. A criadora de 'Adeus ao Vento' (Vitorino Salomé/Fado Perseguição, de Carlos da Maia) iniciou a carreia nos começos da década de 1990, e levou-a a interpretar outros géneros, nomeadamente a canção napolitana, mas também alguns standards do jazz, como 'Summertime', e repertório das canções espanhola e francesa.
O álbum 'Drama Box', editado em 2005, contou com a participação de Fanny Ardant, Miranda Richardson, Ute Lemper, Carmen Maura, Maria de Medeiros e Sophia Calle.
O álbum 'Pura Vida - Banda Sonora' valeu-lhe, em 2019, o Phonographic Critics Award, prémio da crítica discográfica alemã.
'Pura Vida - Banda Sonora' é uma coprodução da promotora Liberdades Poéticas com o Museu do Fado, e que a fadista apresentou no primeiro semestre de 2020 em 15 palcos internacionais, tendo aberto a digressão, no Le Cigale, em Paris, e passando, entre outras cidades, por Casablanca, Viena, Buenos Aires e São Paulo, entre outras.
'Pura Vida - Banda Sonora' inclui, entre os autores, anteriormente gravados por Mísia, como Vasco Graça Moura, Miguel Torga e Jorge Muchagato. A fadista fez ainda parte do elenco do filme 'Passione' (2010), de John Tuturro.
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